ÁSIA/BANGLADESH - No alvo, minorias religiosas e ativistas

Quarta, 17 Maio 2017 direitos humanos   minorias religiosas   minorias étnicas   sociedade civil   liberdade religiosa   liberdade de consciência   violência   islã   islã político   land grabbing   ecumenismo  

Dacca (Agência Fides) – Nos últimos três anos, as minorias religiosas em Bangladesh se defenderam de muitos ataques. Durante e depois das eleições de 2014, as aldeias habitadas por grupos religiosos não-muçulmanos foram vitimas de ataques. Indivíduos e grupos ligados a partidos islâmicos saquearam e incendiaram propriedades e residências de cidadãos hindus, cristãos e budistas, em diversas partes do país. É o que a Agencia Fides apura em um relatório elaborado pela Conferencia Cristã da Asia (CCA), união entre as diversas Igrejas cristas presbiterianas presentes na Asia, que enviou nas ultimas semanas uma delegação para indagar sobre a situação das minorias religiosas em Bangladesh. A delegação, composta por representantes de diversos grupos religiosos, observa que alguns partidos políticos usaram deliberadamente os sentimentos religiosos das pessoas para incrementar a tensão e a polarização intercomunitária. Tudo isso para obter vantagens politicas. Não foram poupados os ativistas de direitos humanos: nos últimos anos, pelo menos dez blogueiros leigos, jornalistas e ativistas de direitos humanos, foram mortos por proverem a liberdade de pensamento, a harmonia religiosa, a tolerância e a transparência politica”, observa a delegação.
Numa visita que durou alguns dias, a equipe de CCA encontrou várias organizações da sociedade civil, representantes de grupos religiosos das minorias, igrejas, organizações ecumênicas e ativistas sociais. O sentimento que une a vida das minorias religiosas em Bangladesh é o medo, afirma a nota da Comissão. A violência extremista é um problema recorrente no país, onde já no passado as minorias religiosas sofreram ameaças e violências perpetradas por grupos extremistas islâmicos.
Um fenômeno difundido é o da grilagem de terras. Pelo menos 431 mil pessoas, afirma a nota enviada a Fides, a maioria pertencente a populações indígenas e minorias religiosas, continuam vivendo como deslocados internos, vítimas de conflitos ou porque foram expulsas de seus terrenos.
Dos 170 milhões de habitantes, os muçulmanos sunitas constituem 90% da população, os hinduístas são 9% e as outras comunidades (cristãs, budistas, muçulmanas xiitas e ahmadis) constituem ao todo cerca de 1% da população. (PA-SD) (Agência Fides 17/5/2017)


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