AMÉRICA/CUBA - Reclusão não é o mesmo que exclusão, Dom Serpa e os prisioneiros em Cuba

Terça, 12 Janeiro 2016 igrejas locais   evangelização   política  

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Havana (Agência Fides) - O Bispo da diocese cubana de Pinar del Río Cuba, Dom Jorge Serpa, disse que em Cuba existem presos políticos e se trata de pessoas com penas de longa duração para as quais pediu uma revisão de seus casos. A revista "Palabra Nueva", da Arquidiocese de Havana, publicou em 11 de janeiro, uma entrevista com Dom Serpa, responsável pela Comissão de Pastoral Penitenciária da Igreja Católica cubana, onde o prelado reitera que em Cuba há uma grande população carcerária e o país está entre os dez do mundo no maior número de detentos.
"Eu, pessoalmente encontro um grupo de trinta pessoas das quais apenas três foram batizadas", disse o bispo, sublinhando que pediu várias vezes para as autoridades judiciais de fazê-lo chegar a outros grupos e "falar diretamente com os prisioneiros e ver o que acontece".
Na entrevista enviada à Fides Dom Serpa além de evidenciar que em Cuba há muitos casos de roubos e corrupção, oferece o seu testemunho concreto, falando de suas visitas aos cárceres, tanto aos presos individuais e quanto aos grupos.
Neste segundo tipo de encontro, que os prisioneiros e o pessoal administrativo chamam impropriamente "missa", embora não se trate da celebração eucarística, uma vez por mês o Bispo fala de vários argumentos.
À pergunta conclusiva sobre como a Igreja pretende celebrar o Ano da Misericórdia com os detentos, Dom Serpa responde: "A Igreja sempre defendeu a liberdade dos seus filhos, onde quer que se encontrem. Como disse o Papa Francisco durante a sua visita à prisão de Palmasola, na Bolívia, em julho de 2015: ‘Jesus sempre vos quer levantar. Esta certeza move-nos a trabalhar pela nossa dignidade. Reclusão não é o mesmo que exclusão ’.”
(CE) (Agência Fides, 12/01/2016)


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