Córdoba (Agência Fides) - "É óbvio que estão se multiplicando as perdas de vidas humanas, os seqüestros e torturas. Criou-se um vazio no sentido de garantir a segurança de todos os cidadãos. Parece que aqueles que estão cometendo estes crimes se sentem muito livres de agir." Foi o que disse o Bispo de Córdoba, Dom Eduardo Porfirio Patiño Leal, falando com alguns representantes da imprensa local depois da missa, no domingo 24 de julho. De acordo com a nota enviada a Fides, o Bispo exortou as autoridades a tomarem medidas rápidas contra os crimes recentes cometidos contra as mulheres e contra os jornalistas.
À pergunta sobre o jornalista assassinado em 21 de julho em Veracruz, Dom Patiño Leal pediu uma investigação séria e confiável sobre o ocorrido, sobretudo porque se supõe que o jornalista estivesse sob proteção. "Parece que o protocolo com os jornalistas não funciona ou simplesmente há algo que não está certo. Se há qualquer responsabilidade por omissão ou negligência, pedimos que se saiba a verdade até o fim", disse o Bispo. E acrescentou que seja o jornalista, seja a sua família foram lembrados nas orações que ofereceu a Deus por todas as vítimas da violência.
Em 25 de julho, o Instituto Nacional de Estadística y Geografía (Inegi) do México publicou o seu relatório anual sinalizando as regiões do país onde se registra o maior número de homicídios. Guerrero está em primeiro lugar com 67 homicídios para cada 100 mil habitantes, registrados em 2015, seguem Chihuahua com 42 casos e Sinaloa com 36. O Instituto registra que no ano passado houve 20.525 homicídios em toda a nação, com um índice de 17 homicídios a cada 100 mil habitantes em nível nacional, um índice semelhante ao que foi registrado em 2014.
(CE) (Agência Fides, 26/07/2016)