VATICANO - A Igreja pelos doentes de Hanseníase: 547 leprosários no mundo

Sábado, 26 Janeiro 2013

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - A Igreja missionária tem uma longa tradição de assistência aos doentes de Hanseníase, muitas vezes também abandonados por seus familiares, e sempre lhes ofereceu cuidados médicos e assistência espiritual, além de possibilidades concretas de recuperação e reintegração na sociedade. Em muitos países, a discriminação destes doentes ainda é grave, pois existe à ideia de que o mal é incurável e porque provoca terríveis mutilações.
A Igreja administra no mundo 547 leprosários, segundo dados do último Anuário Estatístico da Igreja. Eles são assim divididos: na África 198, na América 56 (total), na Ásia 285, na Europa 5 e na Oceania 3. As nações com o maior número de leprosários são: na África: República Democrática do Congo (32), Madagascar (29), África do Sul (23); na América do Norte: Estados Unidos (1); na América central: México (8); na América central-Antilhas: República Dominicana (3); na América do Sul: Brasil (17), Peru (6), Equador e Colômbia (4); na Ásia: Índia (220), Coreia (15); na Oceania: Papua Nova-Guiné (3).
Em sua Mensagem para o 60o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, que se celebra domingo, 27 de janeiro, o Presidente do Pontifício Conselho dos Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, recorda que “segundo os dados mais recentes da OMS, cerca de 220 mil homens, mulheres e crianças contraíram a doença em 2011 e muitos novos casos foram diagnosticados quando a doença era já em estado avançado”. Isto demonstra o insuficiente acesso às estruturas diagnósticas, a carência na formação sobre a prevenção, e a necessidade de ações higiênicas e sanitárias específicas. A Hanseníase é uma enfermidade “sem êxito mortal, quando curada adequadamente”, assim como outras doenças, que em sua totalidade, “continuam a provocar anualmente centenas de milhares de mortes, graves deficiências ou comprometimentos definitivos do estado de saúde de adultos, adolescentes e crianças em países economicamente carentes. Trata-se de patologias que constituem autênticos flagelos em algumas partes do mundo, mas que não obtêm suficiente atenção da comunidade internacional”.
Diante desta “emergência sanitária”, o Arcebispo Zimowski, à luz do Ano da Fé, convida a atuar a fim de que este Dia Mundial de Combate à Hanseníase constitua uma nova “ocasião propícia para intensificar a diaconia da caridade em nossas comunidades eclesiais, para que cada um seja um bom samaritano junto ao próximo”. (SL) (Agência Fides 26/01/2013)


Compartilhar: