EUROPA/PORTUGAL - JORNADA MUNDIAL DO REFUGIADO 2003: UM ENCONTRO PROMOVIDO PELA JESUIT REFUGEES SERVICE DENUNCIA: “A NOVA LEI DA IMIGRAÇÃO É IMORAL”.

Sexta, 20 Junho 2003

Lisboa (Agência Fides) – No âmbito da Semana Mundial dos Refugiados – de 15 a 22 de junho , em preparação opara a Jornada Mundial do Refugiado 2003 – o Jesuit Refugees Service (JRS) em Portugal promoveu em 18 de junho, um encontro de reflexão e estudo com refugiados e imigrantes, na Casa de Retiro de Santo Inácio, em Colares. Participaram, além dos 50 entre imigrantes e refugiados, colaboradores do JRS e representantes de diversas associações que atuam em benefício dos imigrantes em Portugal.
Segundo o JRS, a situação dos imigrantes agravou-se em Portugal com a aprovação da nova lei sobre a imigração. La Lei 34/2003 obriga o imigrante a solicitar o visto de permanência em Portugal em seu País de origem, obstaculizando desta forma a legalização de milhares de imigrantes clandestinos. Para o JRS, tal determinação é imoral porque força milhares de refugiados e imigrantes a permanecerem na clandestinidade, favorecendo o crescimento da exploração do trabalho de clandestinos e a criminalidade organizada. “ Deixar os refugiados na clandestinidade – comenta o Diretor do JRS de Portugal, Rosário Farmhouse – dificulta o nosso trabalho e serviço, pois favorece o crescimento das situações de dependência ( lugar para morar, alimentos, vestuários) e impede o inserimento profissional. Além disso, para muitos imigrantes, retornar ao país de origem para regularizar a situação significaria não poder retornar mais à Portugal”.
As organizações católicas mais comprometidas com a causa dos imigrantes e refugiados em Portugal enviaram ao primeiro Ministro de Portugal uma mensagem manifestando seus sentimentos de frustração e desânimo em relação do dec. Lei 34/2003, “ que evidenciou a indiferença do Estado em relação à sorte de tantos cidadãos que se encontram em Portugal e que as autoridades do País tem o dever de ajudar e proteger”.
As mesmas organizações pedem ao Chefe de Governo que a “Lei da Imigração” tenha em consideração os milhares de trabalhadores imigrantes em situação irregular no País e que o governo e a administração pública “tem o dever moral de encontrar uma solução que respeite os seus direitos, suas famílias e a dignidade humana”.
(M.R) (Agência Fides 20/06/2003 – linhas: 29; palavras: 367)


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