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Santo Domingo (Agência Fides) - Por ocasião dos 163 anos de independência do país, os Bispos dominicanos publicaram, em 7 de março, uma Mensagem na qual tocam diversos aspectos da situação atual da nação. Não obstante sua missão principal seja santificar as almas e fazer com que participem dos bens sobrenaturais, os Bispos destacam que, não por isso, podem ignorar as necessidades materiais das pessoas.
Em primeiro lugar, lançam um apelo a “unir energias e esforços e a fazer passos definitivos… não para buscar exclusivamente os próprios benefícios e resolver problemas pessoais, mas para buscar o bem-estar de todos e resolver os problemas de todos”. Os prelados, portanto, manifestam sua preocupação com o sistema educativo, afirmando que o Estado e a sociedade devem realizar ações concretas, entre as quais a obrigatoriedade para todos da educação infantil, de base e superior, enquanto necessária “para a vida e para a contribuição positiva ao progresso da sociedade”, além de ser um direito fundamental de todo ser humano.
Em relação à violência sempre crescente no país, que se manifesta no aumento de crimes contra a mulher, vinganças pessoais, assaltos e furtos, os Bispos consideram urgente combatê-la e descobrir suas causas. Entre estas, destacam a droga e o narcotráfico, que devem ser perseguidos sem medo nem condicionamentos. Além disso, “sendo o aborto uma supressão violenta de uma vida”, seria contraditório “lutar contra o crime, gritar contra a pena de morte e depois defender tranquilamente o aborto e pretender legalizá-lo".
Os Bispos recordam ao governo que a sua tarefa principal é garantir os serviços de base a toda a população, sem privilégios nem esquecimentos, em particular a eletricidade e a habitação. Outra necessidade é garantir um salário "justo", adequado ao custo de vida: é um direito fundamental do trabalhador. “Aumentar o poder de compra das pessoas não é somente oferecer tranqüilidade diante da vida, mas reanimar o comércio e a indústria com uma maior demanda".
Um outro ponto da Mensagem diz respeito à reforma constitucional: os Bispos pedem que não se poupe esforços para realizá-la pelo bem da nação e da democracia. Aos partidos políticos, pedem que a campanha eleitoral, devido às dificuldades econômicas do país, seja austera e não muito longa, sem comportar grandes despesas econômicas.
A Mensagem se conclui chamando à reflexão: “Estamos na Quaresma, tempo de reflexão e de conversão, e contamos com o poder de Deus para obtê-la. São muitas as atitudes e os comportamentos que devemos mudar e a Quaresma é tempo de graça, de misericórdia e de benevolência divina". (RG) (Agência Fides 9/3/2007)
