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Bogotá (Agencia Fides) - Após a alarmante epidemia de dengue, que desde o início do ano contagiou pelo menos 77 mil pessoas na América latina, o Governo do Paraguai declarou o estado de emergência nacional por 60 dias. A medida preventiva foi tomada depois da morte da décima pessoa, em 2007, por causa desta febre hemorrágica, e depois do aparecimento de uma variável mais violenta da doença, até agora desconhecida no país. A tipologia de dengue visceral, responsável por seis das dez mortes registradas no país, ataca os órgãos vitais, como o fígado, o coração, os pulmões e o cérebro, e pode levar à morte em poucas horas. Depois do Paraguai, è o Brasil o país latino-americano no qual se registra o maior número de pessoas contagiadas pela febre “quebra-ossos”. O estado do Mato Grosso do Sul, no confim com o Paraguai, è o mais atingido, com 38.500 casos e 4 mortes registradas entre janeiro e fevereiro. Dos 78 municípios deste estado, foram notificados casos em 76, e a situação mais grave è a de Campo Grande, a capital, com 25.753 casos. Nos estados da região sudeste do país (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo), que concentram a maior parte da população brasileira, foram registrados neste ano 6.488 casos, número inferior em 53,93% em relação ao mesmo período de 2006. A Argentina assinalou que os casos notificados até o momento são 108, com 391 em estado de observação, e não houve mortes. Fontes sanitárias argentinas declaram que a maior parte dos pacientes pertencem às províncias de Formosa e Misiones, no confim com o Paraguai, e que todos os casos correspondem ao denominado ‘dengue clássico’. O Ministério da Saúde do Panamá informou que desde o início do ano, até 18 de fevereiro, registraram-se 506 casos do tipo clássico. O Governo do Equador estima 800 casos no total, também do tipo clássico, e 30 do tipo hemorrágico, felizmente sem mortes. O Ministério da Saúde Equatoriano declarou ter iniciado, no início de fevereiro, uma campanha de controle da doença no litoral, na Amazônia e em três províncias de Sierra, onde há maior incidência de mosquitos aedes aegypti. Na Bolívia, nos primeiros meses de 2007, a epidemia atingiu 585 pessoas, especialmente no município tropical de Santa Cruz. Em todo o país, os casos suspeitos são 1.856. A Secretaria de Saúde de Honduras indicou que até a semana passada, os casos de dengue clássico foram 500, e 12 de tipo hemorrágico, dos quais nenhum, até o momento, mortal. O Chile, que até agora estava livre do dengue, assinalou que na ilha de Páscoa, nos últimos dias, foram registrados três casos da variante mais benigna. O Ministério da saúde do Peru, por sua vez, declarou que em 1006, foram identificados contágios nos distritos selvagens de San Martín, Loreto e Junín, e no norte, em Piura e La Libertad. Cifras oficiais indicam que na Costa Rica, em 2006, os contágios do tipo clássico foram 11.000, enquanto o tipo hemorrágico foram 66, um dos quais, mortal. Desde o início do ano, todavia, não se registrou algum caso. O mesmo vale para o Uruguai, que, como a Colômbia, são os únicos países da América onde, em 2007, não se registraram casos. Em El salvador, 440 pessoas foram contagiadas pela variante clássica e 11 pela hemorrágica, sem vítimas mortais. Na Venezuela, no ano passado, os casos foram 39.860, e embora não tenham sido atualizadas, estima-se que as epidemias se verifiquem 4 vezes por ano. As autoridades sanitárias cubanas não divulgaram cifras oficiais, mas ativaram uma intensa campanha de prevenção. Segundo a Organização Mundial Pan-americana da Saúde (OPS), o dengue è uma doença endêmica, presente em mais de cem países, e coloca em risco 2 milhões e meio de pessoas. (AP) (1/3/2007 Agência Fides)
