Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Fides) - Em 24 de março, aniversário do assassinato de Dom Oscar A. Romero, Arcebispo de San Salvador (1980), há 15 anos se recordam também todos os missionários que morreram no mundo a serviço do Evangelho e do anúncio de Cristo. A iniciativa, nascida em 1993 por obra do Movimento Juvenil Missionário das Pontifícias Obras Missionárias italianas, se estendeu a diversos outros países. São muitas as dioceses e os institutos religiosos que dedicam um momento do ano para recordar os próprios missionários mártires e com eles todos aqueles que derramaram seu sangue pela causa do Evangelho.
O tema escolhido para esta XV Jornada é: “Os missionários assassinados: esperança para o mundo”. “Diante de um mundo que sempre mais tem medo do futuro, diante de homens e mulheres que não são mais capazes de alçar o olhar ao alto e de sonhar, os missionários assassinados nos convidam a sermos ainda fortes na fé, a crer que uma nova humanidade é possível, a esperar em um futuro melhor - lê-se no subsídio preparado pelo Movimento Juvenil Missionário para esta Jornada -. Uma vida vivida para o amor tem a possibilidade de transformar as consciências, mudar a mentalidade e a vida. Ao invés de ser motivo de tristeza, o martírio na Igreja é vivido como fonte de força, de energia e de esperança para continuar na mesma estrada de Cristo, sem nenhuma outra defesa senão o Evangelho”.
“Os mártires nos dão a força para prosseguir. São homens e mulheres na seqüela de Cristo que mostraram que o perdão e o amor é mais forte do que o ódio; com o seu sacrifício, nos indicam que o Senhor é ainda hoje ressuscitado e vivo, aquele que vence o mal e a morte. Sem o seu testemunho, o mundo seria mais pobre e mais árido, seria ainda mais difícil esperar. Nas muitas obscuridades que o mundo atravessa, os mártires brilham como as estrelas e com o seu testemunho iluminam o caminho da humanidade em direção à luz que é Cristo. Por meio da recordação e do sacrifício dos missionários assassinados por causa do Evangelho, se torna presente hoje a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, fonte de esperança para o mundo.”
O convite a celebrar esta Jornada é dirigido às comunidades paroquiais, às comunidades de vida consagrada, aos seminários, aos grupos e às associações, aos movimentos e ao mundo missionário em geral. O subsídio preparado pelo Movimento Juvenil Missionário apresenta diversas sugestões, seja para a oração (para a Adoração Eucarística, para a Via-Sacra e para a Vigília de oração), seja para alguns gestos: a visita aos sofredores no corpo e no espírito, o ato de oferta do próprio sofrimento para as missões, doar o sangue para salvar vidas humanas e hospedar por um dia uma pessoa pobre ou estrangeira. As ofertas equivalentes a uma refeição que não se consumiu neste dia de jejum serão destinadas a um projeto de solidariedade de amparo às comunidades cristãs no Líbano: também deste modo, o sangue dos mártires servirá paraa fazer renascer a esperança em um dos locais do mundo mais marcados pelo ódio e pela violência. (S.L.) (Agência Fides 1/3/2007)
