Santo Domingo (Agência Fides) – “Para nós, a importância do CAM 2 está sobretudo no fato de que é um chamado para as nossas Igrejas diocesanas, de modo especial para o jovem clero, a assumir a consciência de que o trabalho missionário é uma tarefa que diz respeito a todos, e não somente aos religiosos”, afirma Dom Rafael Felipe Núñez, Bispo de Barahora e Responsável pela Comissão da Pastoral Missionária da Conferência Episcopal da República Dominicana, em entrevista concedida à Agência Fides:
Dom Núñez, qual a importância do Congresso Missionário Americano (CAM 2) para a República Dominicana?
O Congresso Missionário Americano tem grande importância para renovar o nosso espírito missionário, para a evangelização e para o crescimento da fé no nosso país. A importância do CAM 2 para nós está sobretudo no fato de chamar as nossas Igrejas diocesanas, de modo especial o jovem clero, a assumir a consciência de que o trabalho missionário é uma tarefa que diz respeito a todos, e não somente aos religiosos. Além disso, o entusiasmo dos Congressistas missionários nos contagia e nos permite, portanto, formar equipes de missionários diocesanos com a tarefa de organizar a Infância missionária, a juventude missionária, as famílias missionárias, de maneira tal que as nossas paróquias se percebam paróquias missionárias.
Quantas pessoas fazem parte da Delegação Dominicana, e que mensagem levam ao CAM 2?
A Delegação que nos representa é formada por 30 pessoas: 1 Bispo, 13 jovens presbíteros, 2 seminaristas e 22 leigos. A mensagem que leva é de que as nossas dioceses participam da missão universal da Igreja partindo da nossa pequenez e pobreza, colaborando com outras Igrejas irmãs, não somente porque hoje o mundo se tornou uma aldeia global, mas principalmente porque a nossa vida, por natureza, é missão, e devemos perceber como cristãos que muitos homens e mulheres não vivem ainda na alegria da ressurreição.
Como está se desenvolvendo o espírito missionário “ad gentes” na República Dominicana?
Cada vez mais tomamos consciência da natureza missionária da Igreja e da nossa responsabilidade em relação à tarefa missionaria da Igreja Universal. Alguns sinais que permitem entrever este crescimento são a introdução do curso de Missiologia no Seminário e os seminaristas que expressam seu desejo de trabalhar em outras dioceses mais necessitadas. O apoio e a animação de cada “Outubro missionário” é sempre maior, como demonstra também o crescimento das doações recolhidas por ocasião do Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária.
Quantos missionários “ad gentes” tem a República Dominicana?
No momento, não dispomos de dados precisos atualizados, todavia temos cerca de 70 missionários espalhados nos quatro continentes: dois sacerdotes diocesanos na Arquidiocese de Santiago de los Caballeros em Bayamo (Cuba); 14 sacerdotes do Caminho Neocatecumenal “Redemptoris Mater” (5 na Espanha, 4 na Itália, 1 no Haiti, 2 no Peri e 1 no Brasil); 1 sacerdote missionário MSC em Curacao, 1 missionário MSSCC nos Camarões (Árica). As Irmãas do Cardeal Sancha têm 36 missionárias dominicanas na Espanha, Colômbia, Venezuela, Porto Rico, USA, Cuba, Itália. As Irmãs do Perpétuo Socorro têm 13 missionárias na Nicarágua, Peru, Canadá, Porto Rico, Bolívia e Burkina Fasso. As Irmãs Agostinianas têm uma irmã missionária que trabalha com os índios da floresta peruana e uma outra que na trabalha na Coréia. (R.Z.) (Agência Fides 25/11/2003; Linhas 47; Palavras 527)