VATICANO - Papa Bento XVI na Turquia - O encontro com S.S. Bartolomeu I: “Que este encontro reforce o nosso mútuo afeto e renove o nosso comum compromisso a perseverar no itinerário que leva à reconciliação e à paz das Igrejas”

Istambul (Agência Fides) - Ao regressar a Istambul, na tarde de 29 de novembro, o Santo Padre Bento XVI realizou uma visita de oração à Igreja Patriarcal de S. Jorge al Fanar, que fica ao lado do Patriarcado Ecumênico. O Papa e o Patriarca Ecumênico entraram na Igreja para um momento de Oração, e após o discurso do Patriarca Ecumênico S.S. Bartolomeu I, o Santo Padre Bento XVI pronunciou um discurso de saudação. “Sinto-me muito feliz em estar convosco, irmãos em Cristo, nesta Igreja Catedral, enquanto rezamos juntos ao Senhor e recordamos os importantes eventos que sustentaram o nosso esforço para trabalhar à plena unidade de católicos e ortodoxos”, disse o Papa Bento XVI, que depois recordou “a corajosa decisão de remover a memória dos anátemas de 1054” por obra do Papa Paulo VI e do Patriarca Atenagora. Sobre este fundamento, evoluíram novas relações entre as Igrejas de Roma e Constantinopla, marcadas por numerosas declarações de compromisso compartilhado e por muitos gestos significativos.
“Além disso, sinto-me feliz por estar nesta terra tão estreitamente ligada com a fé cristã, onde muitas Igrejas floresceram nos tempos antigos”, prosseguiu o Santo Padre, revocando “a rica messe de martírios, de teólogos, de pastores, de monges, e de santos homens e mulheres que essas Igrejas geraram através dos séculos”. Em particular, o Papa Bento XVI citou “os insignes santos e pastores que vigiaram sobre a Sé de Constantinopla, entre os quais S. Gregório de Nazianzo e são João Crisostomo, que também o Ocidente venera como Doutores da Igreja”, e recordou que “nesta parte do mundo oriental, realizaram-se os sete Concílios Ecumênicos, que ortodoxos e católicos reconhecem como importantes pela fé e a disciplina da Igreja”. Por fim, o Papa concluiu fazendo votos que “este encontro reforce o nosso mútuo afeto e renove o nosso comum compromisso a perseverar no itinerário que leva à reconciliação e à paz das Igrejas”. (S.L.) (Agência Fides 30/11/2006)