VATICANO - “A evangelização e a inculturação constituem um caminho inseparável”: mensagem do Papa aos participantes da Cúpula de Cultura na Ásia

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Após o encontro dos Centros Culturais Católicos na Índia, o Pontifício Conselho para a Cultura continua seu percurso em direção do oriente, nas pegadas de São Francisco Xavier, na Indonésia, em Bali, onde, desde o dia 26, está se realizando um encontro dos Membros e Conselheiros do Pontifício Conselho para a Cultura e dos Presidentes das Comissões Episcopais Nacionais para a Cultura, que se concluirá no dia 30 de novembro.
Aos responsáveis da cultura das Igrejas da Ásia, reunidos neste mini-sínodo monográfico sobre temas como a evangelização da cultura e a inculturação do Evangelho, o Santo Padre Bento XVI enviou uma mensagem.
“Estou convencido de que há grande necessidade, em toda a Igreja, de redescobrir a alegria da evangelização, de se tornar uma comunidade inspirada no zelo missionário para difundir e amar mais Jesus” - disse o Papa.
“Obviamente” - continuou - “esta evangelização deve se acompanhar de um esforço por um diálogo sincero e autêntico entre as culturas e as religiões, marcado pelo respeito, pela reciprocidade, pela abertura e pela caridade”.
A exortação final que Bento XVI dirige aos participantes do encontro ressalta o fato que “a evangelização e a inculturação constituem um percurso inseparável, ambos elementos que devem estar presentes se o Evangelho de Cristo deve realmente estar encarnado nas vidas das pessoas de todas as raças, nações, tribos e línguas”.
Em sua palestra de abertura, o Cardeal Paul Poupard, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, depois de uma introdução teológica sobre os conceitos inseparáveis da inculturação do Evangelho e da evangelização da cultura, abordou os principais desafios que o continente asiático enfrenta na evangelização da cultura, citando as culturas multi-étnicas, pluri-religiosas e complexas da Ásia: o Cristianismo visto como religião estrangeira na Ásia; o relativismo; o fundamentalismo; a violência e a falta de liberdade religiosa; o impacto cultural da pobreza, da desigualdade, da corrupção; as seitas e os novos movimentos religiosos; os jovens; o papel dos Centros Culturais Católicos; os povos indígenas; a mídia e as comunicações. (AP) (27/11/2006 Agência Fides)