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Abuja (Agência Fides)- “A semana da família quer recordar a natureza inviolável da união matrimonial e o papel essencial que a família desempenha na formação de pessoas saudáveis e equilibradas” - disseram os Bispos, ao fim de sua segunda reunião plenária. A Igreja católica nigeriana dedica a segunda semana de agosto à família.
Recordando que a família é a célula fundamental da sociedade humana, os Bispos destacam que a afirmação do modelo familiar saudável contribui para criar uma sociedade melhor: “Os males sociais, como a afirmação da violência e do crime, inclusive os abusos em crianças, a prostituição e o tráfico de mulheres, devem’se principalmente à progressiva erosão dos valores da família e da sacralidade da vida”.
“Um governo democrático tem o dever de promover a família” - continuam os Bispos, “A nossa democracia deveria garantir os direitos elementares da família, como uma moradia digna, a segurança alimentar, o direito ao trabalho e à saúde, assim como um salário suficiente para viver, de modo a assegurar uma vida familiar saudável e sólida. Um governo democrático deveria proteger, defende e promover os direitos das famílias e dos indivíduos”.
A Igreja continuará a sustentar a santidade e a integridade da união familiar, defendendo-as contra as ideologias e as práticas destrutivas: “Sabemos que algumas agencias que patrocinam programas em favor da infância e para a eliminação da AIDS promovem frequentemente o uso de anticoncepcionais como condição para obter a assistência. Os católicos devem rejeitar corajosamente tudo aquilo que é contrário à sua fé”.
No que se refere à difusão da AIDS, que está devastando as famílias da África sub-Sahariana, os Bispos recordam que “a única mudança radical de comportamento suficiente para a prevenção e a extirpação da pandemia devida à AIDS é a fidelidade conjugal e a abstinência”.
Durante a Plenária, os Bispos nigerianos elogiaram as reformas no setor financeiro, o programa de redução da pobreza e a luta à corrupção, e expressaram satisfação pelo modo com o qual o Presidente Olusegun Obasanjo impostou o diálogo com a população do delta do rio Niger, para atender ás suas legítimas expectativas de resolver a crise na área. Ao mesmo tempo, a Conferência Episcopal denunciou o contínuo seqüestro de operários das companhias de petróleo e os episódios de vandalismo que se verificam na região, rica em petróleo. Por outro lado, os Bispos convidam também as companhias petrolíferas multinacionais a adotar princípios de integridade e responsabilidade social em todas as suas atividades e a colaborar com as comunidades locais e com o governo.
Os Bispos expressaram também seu apreço pelo trabalho desenvolvido pela Comissão Eleitoral Independente Nacional (INEC) ao garantir o livre andamento das eleições de 2007, que serão “a verificação final do avanço da democracia da Nigéria”.
A este respeito, os Bispos acrescentam que é preciso “intensificar os esforços para a adoção de leis eleitorais adequadas e adotar medidas para impedir abusos e comportamentos fraudulentos em nossa nação”. (L.M.) (Agência Fides 20/9/2006)
