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Zamboanga (Agência Fides) - Falar e ensinar sobre a “vida em diálogo” a crianças e jovens universitários, cristãos e muçulmanos, propondo-lhes uma experiência de formação, compartilha e oração: é a iniciativa proposta pelo movimento para o diálogo “Silsilah”, ativo no sul das Filipinas. A cada ano, reúnem-se jovens de todo o país na cidade de Zamboanga. A experiência proposta é a de se reunir, em cursos de verão full-immersion, de diversas durações, para difundir e fazer penetrar um espírito e uma cultura do diálogo, da reconciliação da paz, entre as jovens gerações.
Um dos cursos de verão, que se iniciou no dia 16 de abril, está em andamento, e deve se concluir no dia 13 de maio. Estão participando mais de 60 jovens, que, em quatro semanas de estudos, analisam temas básicos sobre o diálogo islâmico-cristão, aproximando-se da espiritualidade cristã e islâmica, confrontando o Alcorão e a Bíblia. Os participantes também serão chamados a fazer uma experiência de “vida-em-diálogo”, passando o fim de semana com famílias de religião diferente das suas.
Outro curso intensivo será realizado de 14 a 20 de maio, enquanto o sucessivo, de 21 a 27 de maio, será dedicado ao fundamentalismo religioso.
“A experiência de Silsilah, a espiritualidade da vida em diálogo, está se difundindo nas Filipinas e em outras nações” - explica Pe. Sebastiano D’Ambra, missionário do Pime, entre os iniciadores do Movimento. “Grupos de reflexão, confronto e compartilha, que vivem o espírito de Silsilah, estão presentes em 13 cidades e províncias de Mindanao. Um bom sinal para esta área, castigada por tensões inter-religiosas. Uma esperança para a população, enquanto o governo e os guerrilheiros do Milf estão engajados em uma delicada obra de negociação para alcançar uma paz definitiva no Sul das Filipinas”.
O movimento para o diálogo islâmico-cristão Silsilah completa 22 anos, e será festejado nos próximos dias, com outra recorrência: os 40 anos de sacerdócio de Pe. D’Ambra, missionário que dedicou 30 anos de experiência ao diálogo inter-religioso e à construção de boas relações com os fiéis muçulmanos nas Filipinas. (PA) (Agência Fides 27/4/2006)
