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Cartum (Agência Fides)- Abriu-se hoje em Addis Abeba, capital da Etiópia e sede da União Africana, a reunião do Conselho para a Paz e a Segurança da União Africana, que deverá decidir se transferir às Nações Unidas o controle da força de paz africana presente em Darfur, a região ocidental do Sudão, palco de confrontos e de graves violações dos direitos humanos. Atualmente, a União Africana posicionou em Darfur uma força de sete mil homens, com a tarefa de fornecer uma situação de segurança aos observadores internacionais encarregados de vigiar o respeito do cessar-fogo entre as forças de segurança sudaneses, as milícias pró-governo e uma série de grupos de guerrilha que luta contra o governo central.
São principalmente a União Européia e os Estados Unidos a pedir o envio de tropas da ONU a Darfur. O Vice-Presidente sudanês, Ali Osman Mohamed Taha, afirmou que o seu país estaria disponível a acolher os “Capacetes-azuis” com a condição, porém, que se assine “um acordo político sobre o conflito que tenha em si as garantias para se sustentar”. Taha insistiu sobre a necessidade de alcançar uma solução para a crise em Darfur através de negociações entre rebeldes e autoridades centrais, em curso em Abuja, capital da Nigéria. "Abuja", afirmou, "deve ter a prioridade, porque a chave para resolver o conflito na região está na política. “A União Africana”, destacou o Vice-Presidente sudanês, recordando que sobre o ponto existe o consenso da União Européia e dos Estados Unidos, “deve receber ajuda e apoio para poder desempenhar o controle sobre a segurança em Darfur”.
Também a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, insiste para obter o envio de uma força da ONU a Darfur, onde, segundo os EUA, está em curso um genocídio. Intervindo no Congresso, em Washington, Rice afirmou: ''Estamos convencidos de que seja necessário enviar Capacetes-azuis ao Sudão, em Darfur”. (L.M.) (Agência Fides 10/3/2006)
