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Bogotá (Agência Fides) - Teve início segunda-feira, 6 de fevereiro, com a participação de Dom Luis Augusto Castro Quiroga, Arcebispo de Tunja e Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, a LXXX Assembléia Plenária do Episcopado Colombiano, que se concluirá sexta-feira, 10 de fevereiro. Em sua saudação, Dom Castro Quiroga agradeceu o Santo Padre Bento XVI por sua primeira Encíclica "Deus Caritas est" que convida a realizar um ato de fé no Deus amor, a ter profunda estima do amor humano, e a um novo entusiasmo no exercício da caridade. Em seguida, o Presidente da Conferência Episcopal destacou o compromisso da Igreja Católica na reconciliação e na paz, recordando que “a visão de paz da Igreja não é a simples suspensão dos combates e hostilidades”, mas deve considerar também o conflito social. Neste sentido, prosseguiu Dom Castro Quiroga, “devemos nos empenhar em promover a cultura da solidariedade... e a renovar a nossa opção preferencial pelos pobres”.
Entre os diversos problemas que afligem o país, Dom Castro Quiroga citou os refugiados, aos quais “e preciso responder com eficácia e criatividade cotidianas”; das minas anti-pessoais, apoiando todos aqueles que enfrentam este grave problema; do drama do aborto, para o a qual é preciso oferecer ajuda espiritual e social, especialmente às mães, e uma correta educação sexual seja nas famílias como nas instituições educativas; da violência entre as paredes domésticas e dos maus-tratos infantis, que “exigem uma intensificação da pastoral familiar e infantil”.
Sobre o processo eleitoral marcado para este ano, o Arcebispo afirmou que “a consciência dos católicos deve saber discernir entre um candidato e outro, entre quem oferece formas opostas de vida e programas não eticamente aceitáveis, em contraste com a própria fé”. Expressou também sua preocupação pela ausência de uma lei que garanta o direito de educação para todos os colombianos, e insistiu que as negociações para a assinatura do Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos devem ter como objetivo o bem comum de todos, e, em especial, dos pobres e dos excluídos.
Sobre as solicitações feitas por alguns à Igreja Católica, o Arcebispo destacou alguns objetivos: buscar uma positiva, cordial e mutua colaboração entre Igreja e Estado; utilizar mais e melhor os meios de comunicação para o apostolado; buscar maior participação na obra pastoral da Igreja; conseguir intervir nas estruturas injustas, que geram exclusão e pobreza; dar a cada dia testemunha de honestidade em todos os campos; rejeitar toda forma de fundamentalismo, contrário à fé cristã. (RG) (Agência Fides 7/2/2006)
