Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Madri (Agência Fides) - “Devemos sentir a missão no nosso coração, porque, caso se transforme em algo frio e sem o calor do amor e da caridade, faremos uma experiência absurda e inútil”, afirma Dom Francisco Pérez González, Arcebispo Castrense e Diretor Nacional das Pontificas Obras Missionárias da Espanha, na carta de apresentação do Dia da Infância Missionária, que se celebrará na Espanha no domingo, 22 de janeiro, com o slogan “Sinta a missão no seu coração”. Na carta, Dom Pérez destaca também a disposição interna que nos faz sentir a missão no coração e que leva a oferecer a própria vida em ação de graças a Deus por todos os homens, pois a missão não é somente ter bons desejos. Isso é o que leva os missionários a realizar atos heróicos, porque "o coração tem razões que a razão desconhece”. Justamente por isso, no Dia deste ano de 2006, quis-se acentuar este comportamento fundamental pela missão.
Por ocasião do Dia, as POM da Espanha publicaram um dossiê para a imprensa e diversos materiais de animação, entre os quais algumas catequeses para as crianças, guias para os catequistas e professores, um texto para as escolas de religião, um CD que contém algumas canções missionárias, material publicitário e uma entrevista com Dom Francisco Pérez e com duas missionárias: Milagros Cid López, missionária na R.P. do Congo e Leonor de la Fuente, Missionária em Angola; um DVD publicado do Santuário de Javier (Navarra) por ocasião do V Centenário do nascimento de S. Francisco Xavier, que conta a vida e apresenta o perfil espiritual deste missionário incansável que evangelizou os novos continentes no século XVI. O material pode ser consultado e baixado do site das POM da Espanha (http://www.omp.es/Infancia/jornada.htm).
Além disso, foi publicado um documento intitulado “Informações sobre a Infância Desfavorecida", para mostrar a situação da infância em diversas partes do mundo. O texto não pretende ser uma publicação a mais cheia de cifras e dados, mas ser um instrumento que leve a sentir a injustiça que sofrem tantas crianças e leve a trabalhar com maior empenho em favor da infância desfavorecida. O texto é dividido em sete grandes blocos, que se referem a sete grandes preocupações sobre a infância: assistência sanitária (centralizada em duas grandes doenças que atingem principalmente os países do sul e provocam uma elevada mortalidade infantil: a malária e a AIDS); Educação (mais de 130 milhões de crianças não vão à escola, 73 milhões são meninas); Guerras e conflitos armados (que provocaram entre as crianças dois milhões de mortos, seis milhões de feridos e um milhão de órfãos somente na última década; no mundo existem cerca de 600.000 crianças-soldado e anualmente morrem cerca de 10.000 por causa das minas); Escravidão do trabalho (somente nos países do sul, cerca 250 de milhões de crianças entre 5 e 14 anos trabalham como escravos); Meninos de rua (a metade dos pobres do mundo é criança, mais de 600 milhões, e 100 milhões delas são “meninos de rua”); Exploração sexual (anualmente, um milhão de menores, principalmente meninas, caem nas redes do comércio sexual); a difusão da fé (ainda hoje, no início do século XXI, 2/3 da humanidade aguarda a oportunidade de receber pela primeira vez o anúncio do Evangelho. (RG) (Agência Fides 19/1/2006)
