ÁSIA/FILIPINAS - Inicia-se a Semana da Paz no Sul das Filipinas, enquanto continuam os combates em Mindanao

Zamboanga (Agência Fides) - Abriu-se em 24 de novembro, e prolonga-se até o fim do mês, na ilha de Mindanao, a edição 2005 da “Semana da Paz”, tradicional evento que envolve, anualmente, comunidades locais, associações e movimentos religiosos e leigos para testemunhar e sensibilizar sobre temas como o diálogo, a convivência e a reconciliação no Sul das Filipinas. A Semana teve início enquanto no arquipélago das ilhas Sulu (extremo Sul), prosseguem os combates entre tropas governamentais e movimentos guerrilheiros. Entretanto, nas ruas, escolas e centros culturais, cristãos e muçulmanos esforçam-se em testemunhar o desejo de paz, através de eventos, seminários, e encontros de oração.
Lançada em Zamboanga, em 1998, e patrocinada pela Conferência dos Bispos e Ulamas das Flipinas, a edição 2005 da Semana da Paz será centralizada no tema “Os objetivos do Milênio para o desenvolvimento: mulheres e jovens, artífices da Paz”. Os organizadores visam difundir a convicção de que toda pequena comunidade, escola ou aldeia pode e deve ser protagonista do processo de paz e a reconciliação social. Afirmam que, para construir a paz, não são suficientes negociações ou acordos entre líderes políticos, mas é preciso um esforço que parta de baixo, desde as famílias, relações pessoais, enfim, das pessoas comuns. “A paz passa pelo coração de todo cidadão” - afirmam.
Entre as atividades previstas, está a manifestação “Em bicicleta pela paz”, que contará com a participação, entre outros, do Bispo de Kidapawan, Dom Romulo Valles. Na cidade de Zamboanga, será dedicada especial atenção aos jovens, com o evento “Os jovens, nossa esperança para a paz”, organizado por Pe. Angel Calvo.
Recordando os Objetivos do Milênio, os promotores querem atrair a atenção para o fato que as Filipinas estão incluídas entre os países que até 2015 devem eliminar a pobreza, obter a instrução primária para todos, promover uma autêntica igualdade entre homens e mulheres, reduzir o índice de mortalidade, combater eficazmente a Aids, a malária e outras doenças mortais, além de assegurar a sustentabilidade ambiental. (PA) (Agência Fides 28/11/2005)