AMÉRICA/PERU - O Ano da Eucaristia não se conclui, mas se abre diante de nós, “para lançar-nos com ardor em uma nova evangelização: sermos almas eucarísticas, famílias eucarísticas, uma sociedade eucarística” afirma o Cardeal Juan Luis Cipriani

Lima (Agência Fides) - O Ano Eucarístico “não é um ano que se encerra e basta, mas sim um ano que se abre diante de nós, para laçar-nos com ardor em uma nova evangelização, sermos almas eucarísticas, famílias eucarísticas, uma sociedade eucarística”. É o que afirmou o Cardeal Juan Luis Cipriani, Arcebispo de Lima, na Solene Santa Missa de encerramento do Ano da Eucaristia, na capital peruana, para uma multidão de fiéis reunidos na Catedral.
Em seguida, o Cardeal recordou que a Eucaristia é o núcleo do mistério da Igreja, porque nela está contido todo o bem espiritual da Igreja, e nela, Cristo nos dá a vida, através do Espírito Santo. Em toda Eucaristia, renova-se a redenção, o mundo se transforma, surge a nova aliança. O Card. Cipriani exortou calorosamente a “recuperar o domingo como Dia do Senhor, dia para compartilhar a fé”, e solicitou a não seguir a cultura de morte, de violências, tragédias, e infidelidades, mas sim a olhar a alvorada de um mundo que tem sede de espiritualidade: “Embora se ouçam vozes do aumento do progresso, muitas vezes o mundo é triste, porque tem sede de espiritualidade, de oração, meditação da Palavra de Deus”. O mundo aguarda com as dores do parto a proclamação da Boa Nova. O Arcebispo de Lima convidou a abandonar a dimensão unilateral do dinheiro, das brigas, e da intriga, e elevar o espírito à alegria de sermos filhos de Deus e irmãos em Cristo, porque tudo isso é parte do modo de ser ‘eucarísticos’. Por isso, acrescentou, “lhes peço a coerência na vida cotidiana, de modo que seja sentida, em nossas ações”.
O Card. Cipriani recordou ainda que neste Ano da Eucaristia, muitas paróquias e comunidades religiosas redescobriram a Adoração Eucarística. De fato, em mais de 40 igrejas, é exposto regularmente o Santíssimo Sacramento. Outros frutos relevados pelo Cardeal foram o aumento das vocações e o maior número de pessoas nas Missas de domingo. Enfim, lançou um novo convite a orientar toda iniciativa a uma maior interioridade e a aspirar metas mais altas, ou seja, apaixonar-se pela Eucaristia, a fim de que cada paróquia se torne um foco de luz e de esperança. (RZ) (Agência Fides 15/11/2005)