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Jacarta (Agência Fides) - A atenção captada devido ao terremoto no Paquistão não deve levar ao esquecimento os refugiados que sobreviveram à catástrofe do tsunami em dezembro de 2004: é o que pedem os voluntários indonésios que atuam em favor das populações atingidas pelo maremoto.
Entre as organizações mais ativas, estão os Jesuítas do Jesuit Reugees Service (Jrs) que continuam a oferecer, na província de Aceh, na ilha de Sumatra, assistência alimentar aos desabrigados internos mais vulneráveis, ainda acampados em tendas e barracas.
Os Jesuítas convidam a comunidade internacional a não se esquecer dos desabrigados do tsunami, um ano após a tragédia. Os responsáveis do Jesuit Reugees Service Indonésia afirmam: “Muitos desabrigados ainda precisam de assistência alimentar, sobretudo aqueles que vivem em barracas e tendas em campos, e que dificilmente têm acesso às ajudas. Entre estes, os mais vulneráveis são certamente os mais idosos, as viúvas e as crianças. É importante identificar quem precisa de ajuda, mas também encorajar e permitir que estas pessoas possam reconstruir suas formas de sustento autônomas”.
O Jesuit Reugees Service assiste também os refugiados causados pelo conflito que abalou, por diversos anos, a província de Aceh, e que hoje está em trégua, depois do acordo assinado entre os rebeldes e o governo de Jacarta.
Segundo os observadores, a atividade de sustento alimentar para as vítimas do tsunami não é suficiente, e agora, é a vez da comunidade internacional melhorar o programa. As primeiras 100 casas permanentes para os sobreviventes do tsunami foram completadas no dia 7 de outubro, e há outras 12.000 em construção.
O Programa Mundial de Alimentos convocou uma reunião em Roma para o dia 7 de novembro, a fim de analisar a situação e continuar a distribuição de emergência dos gêneros essenciais em Aceh durante todo o ano de 2006. Kuntoro Mangkusubroto, diretor da Agência para a Reconstrução e a Reabilitação em Aceh, falou das dificuldades de passar da fase de emergência à reconstrução.
Em Aceh, cerca de 170.000 pessoas morreram ou desapareceram por causa do terremoto e do tsunami. Em doze nações do Oceano Índico, houve mais de 232.000 mortos. (PA) (Agência Fides 25/10/2005)
