ÁSIA/FILIPINAS - Sim a uma “Comissão para a verdade” para verificar as responsabilidades da presidenta Gloria Arroyo nas acusações de fraude eleitoral

Manila (Agência Fides) - As pressões populares e políticas sobre a presidenta das Filipinas, Gloria Arroyo, envolvida em um caso de corrupção e fraude eleitoral, alcançaram um primeiro resultado: Arroyo - que há mais de um mês recebe ataques políticos e fortes pressões para renunciar devido às acusações de fraudes nas eleições presidenciais do ano passado - decidiu instituir uma “Comissão para a verdade”. A Comissão será convocada para fazer perguntas, esclarecer e verificar eventuais responsabilidades da presidenta.
Entre aqueles que haviam pedido uma “Comissão para a verdade” nos últimos dias estavam também os Bispos filipinos, que em um documento pediram que a presidenta assumisse as suas responsabilidades na crise política que o país está atravessando.
Para a própria Conferência Episcopal das Filipinas, Arroyo mandou uma carta anunciando a decisão de instituir a Comissão “com base na credibilidade moral e na necessidade de resgatar a confiança” que ficaram debilitadas com as acusações feitas contra ela. O porta-voz da presidência, Ignacio Bunye, afirmou que os nomes das personalidades designadas para integrar a comissão, todos “homens de grande integridade”, serão conhecidos antes do discurso sobre o estado da nação, que Arroyo fará em 25 de julho.
“Sei que tenho com o povo filipino uma grande dívida de reconhecimento”, escreveu Arroyo, “uma dívida que, no máximo das possibilidades que Deus me concede, devo tentar saldar no momento”. A presidenta conseguiu resistir até agora às pressões da oposição, que pede o impeachment, mas muitos dos seus ministros a abandonaram.
(PA) (Agência Fides 19/7/2005)