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Sidney (Agência Fides) - “É preciso rever a política para a imigração. O fluxo de imigrantes clandestinos está limitado. As regras são duras demais”: assim o Card. George Pell, Arcebispo de Sidney, comenta o recente caso da australiana Vivian Alvarez, expulsa por um erro um ano atrás pelo Departamento de Imigração. O caso veio à luz nas últimas semanas, criando embaraço para o governo australiano. O executivo vem mantendo linha dura contra a imigração clandestina, com repatriações e detenção imediata e indefinida para aqueles que pedem asilo.
Os protestos contra a política aplicada chegaram a exigir, nos últimos dias, a renúncia do Ministro para a Imigração, Amanda Vanstone.
Na realidade, esta política repressiva reflete o forte temor da opinião pública australiana em relação à imigração: a intenção do governo é desencorajar a imigração clandestina na Austrália. Alguns setores do meio político e da sociedade criticaram o tratamento dado pelo governo aos imigrantes que solicitam asilo; recentemente propuseram confia-los a entidades como a Cruz Vermelha ou a organizações religiosas, à espera da decisão sobre o direito de asilo.
Segundo os Bispos australianos, a pastoral dos migrantes é muito importante. Neste campo, a Igreja pede que uma vez na Austrália, os refugiados sejam acolhidos e respeitados, enquanto seres humanos. “A Austrália é um país com uma longa experiência no campo da imigração. É uma terra que representou durante muitos anos, para muitos, a chance de iniciar uma nova vida” recordaram recentemente à Fides. (PA) (Agência Fides 18/5/2005)
