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Roma (Agência Fides) - O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos de hanseníase, depois da Índia. Este surpreendente dado associa-se a fatores sócio-econômicos e às dramáticas condições de vida de milhões de pessoas.
É uma terra de contrastes incríveis: no sul, há indústrias automobilísticas, aeronáuticas, químicas, e fábricas de armas tecnologicamente avançadas e competitivas no mercado mundial; enquanto no norte, há técnicas produtivas e situações de exploração quase iguais à época colonial. A economia do País está entre as dez primeiras do mundo, mas apesar disso, existe um significativo desequilíbrio sócio-econômico. Calcula-se que 42 milhões de brasileiros vivam em situações de extrema pobreza. A população apresenta um alto índice de analfabetismo: apenas 65% têm acesso a um sistema hídrico idôneo e somente 44% possui redes de esgoto apropriadas. O Brasil registra ainda elevados índices de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias. O índice de mortalidade infantil é de 32 para cada 1000 nascidos vivos. As atuais condições sociais, em concomitância com a precária organização do sistema sanitário nacional, não favorecem a redução do número anual de novos casos de Hanseníase.
Para enfrentar esta situação, a Associação Italiana Amigos de Raoul Foillerau desenvolve a administra ações de saúde básica, luta à Hanseníase, desenvolvimento comunitário, reabilitação e apoio à infância necessitada. Em 2005, a Aifo promoveu 27 projetos.
O país é formado por diversas regiões. Ao norte, a planície do Rio Amazonas, com suas terras e florestas equatoriais e grandes rios, é uma região que sofre um grave desflorestamento, que destruiu os habitats de muitas espécies animais e vegetais e enfraqueceu as populações indígenas; e a região dos Carajás, aonde se encontra uma das mais consistentes formações minerarias do mundo. A nordeste, está região dos planaltos rochosos, na qual predomina a criação de bovinos; e a faixa costeira, na qual prevalece a cultivação de cana de açúcar e cacau. A região sudeste é caracterizada pelo maior desenvolvimento econômico (café, algodão, milho, cana de açúcar). Enfim, o extremo sul e a região centro-oeste, importantes pela pecuária. (AP) (26/4/2005 Agência Fides)
