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Abuja (Agência Fides)- “Se Boko Haram conseguir destruir a ponte principal na estrada que liga Maiduguri a Damaturu, os habitantes de Maiduguri estão condenados, porque esta é a única estrada que ficou e que liga a cidade ao restante da Nigéria e na qual viajam todos os dias milhares de pessoas”, refere à Agência Fides pe. Gideon Obasogie, diretor das comunicações sociais da Diocese de Maiduguri, capital do Estado de Borno, no centro da ofensiva de Boko Haram em represália às operações militares conduzidas pelo exército nigeriano.
Boko Haram tomou a estrada como alvo, assim como os vilarejos limítrofes, como o de Mainok, onde dois dias atrás 30 pessoas foram assassinadas e a maior parte dos edifícios, destruída. “Passei naquela estrada em 15 de julho, vindo de Jos em direção a Maiduguri”, afirma o pe. Obasogie. “Um grande número de meios foi interceptado e incendiado. Vários residentes da maior parte dos vilarejos ao longo da estrada escaparam com medo de novos ataques. Esta é a única estrada que ficou e que liga Maiduguri a outras partes do mundo. Vocês podem imaginar o que poderia acontecer se os terroristas conseguirem nos isolar do restante da Nigéria”. De acordo com o sacerdote, Boko Haram destruiu as pontes principais de quatro das cinco estradas que ligam Maiduguri a outras cidades do país. “O grupo colocou minas no decorrer do trajeto, matando várias pessoas”, destaca o pe. Obasogie.
“Esperamos que os soldados sejam posicionados em Benisheik, no km 85 de Maiduguri, para proteger a ponte principal da única estrada ainda aberta”, afirma pe. Obasogie. “Se isso acontecer, o destino de Maiduguri, que acolhe mais de um milhão de deslocados internos, além de seus habitantes, estaria traçado”, conclui o sacerdote. (L.M.) (Agência Fides 16/7/2015)
