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Minya (Agência Fides) - O tribunal de Minya acolheu o recurso apresentado pela defesa dos quatro adolescentes que se encontram em estado de detenção há mais de 40 dias acusados de ultraje ao Islã. O episódio ocorreu em uma escola da aldeia de Nasiriyya, na cidade de Beni Mazar, na província egípcia de Minya. Os quatro foram presos por ter aparecido em um vídeo de poucos segundos, filmado com um celular, em que é mimada a cena da decapitação de um muçulmano em atitude de oração, imitando as horrendas execuções perpetradas pelos jihadistas do Estado islâmico (EI). A breve filmagem, que representa, a seu modo, uma acusação contra as atrocidades cometidas pelos jihadistas do Estado Islâmico, desencadeou incrivelmente a raiva e as falsas acusações de elementos islâmicos da área, que obrigaram as autoridades locais a intervir para acalmar, convocando em 17 de abril passado uma reunião de “reconciliação” entre cristãos e muçulmanos, com a participação de imâmes e sacerdotes da região. As famílias dos jovens tiveram que pagar uma caução de 10 mil libras egípcias para a libertação de cada um. Quem pagou o preço mais alto foi o professor da escola, acusado de ter responsabilidade pela gravação filmada e sua difusão; por isso foi obrigado a deixar, com sua família, a aldeia de Nasiriyya. (GV) (Agência Fides 28/5/2015).
