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Colombo (Agência Fides) - A recente devastação da igreja católica de S. Michele, na Arquidiocese de Colombo, é um episódio isolado, que preocupa a Igreja local, mas que não é o presságio da explosão de novas tensões inter-religiosas, como um ano atrás. A comunidade cristã vive em um clima muito sereno e não nutre medos especiais em vista da celebração do Natal. Esta é a análise feita à Fides por fontes da Igreja no Sri Lanka, depois que, dois dias atrás, um grupo de vândalos atacou e destruiu a pequena igreja de S. Michele, no vilarejo de Homagama, a cerca de 20 km da capital Colombo. Os policiais estão indagando o episódio. Entre as hipóteses, existe que os autores sejam facções isoladas de extremistas budistas. “Estamos muito amargurados por este ataque premeditado contra a Igreja Católica, mas continuaremos na nossa missão. Pedimos maior proteção por pare das autoridades civis e ajudas para a reconstrução”, comentou à Agência Fides Pe. Ignatius Varnakulasingham, pároco da paróquia de Pannipitiya, no território onde se encontra a igreja de s. Michele, onde cerca de 130 famílias católicas participam da missa dominical, dos encontros de oração e catequese. A igreja foi atacada por volta da 1h da madrugada de 19 de dezembro, devastada e depois incendiada. O tabernáculo foi profanado, o crucifixo foi danificado. Os vândalos entraram na igreja forçando a entrada. A igreja já havia sofrido ataques em 30 de novembro de 2003 e em 15 de janeiro de 2004, no período em que no Sri Lanka eclodiu uma difundida violência anticristã por parte de grupos extremistas budistas, propulsores de um forte nacionalismo religioso. O episódio atual remete aos mesmos grupos, mas a situação social parece tranquila depois que as facções budistas, que se mobilizaram no início de 2004, obtiveram, nas eleições de abril passado, a vitória no Parlamento de nove monges como seus representantes.
Segundo fontes da Fides na diocese de Colombo, as relações entre cristãos e budistas na região onde foi erigida a igreja de S. Michele sempre foram particularmente difíceis, pela presença de grupos budistas tradicionais, que muitos anos atrás mostraram sua hostilidade aos primeiros assentamentos cristãos. (PA) (Agência Fides 21/12/2004)
