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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - João Paulo II recordou, na reflexão que antecedeu o Angelus, no final desta manhã de domingo, o valor simbólico da tradicional árvore de Natal, afirmando que ela exalta o valor da vida, que se mantém sempre verde e fresca, se convertida em dom para os demais.
Na reflexão que fez aos presentes, o Santo Padre sublinhou que a árvore de Natal e o presépio são símbolos natalinos ligados a diversas culturas. O Papa voltou a afirmar que o presépio é o "símbolo mais importante" do Natal, ao passo que a árvore "exalta o valor da vida, porque na estação invernal, os abetos permanecem sempre verdes, simbolizando, assim, a vida que não morre". João Paulo II recordou que é hábito colocar-se sob os abetos ornamentados em cada casa, os presentes de Natal, costume que na tradição cristã evoca "a árvore da vida, a figura de Cristo, supremo dom de Deus à humanidade".
Nesse contexto, referindo-se à mensagem "sempre verde" do abeto, João Paulo II recordou que os presentes de Natal não devem tanto ser coisas materiais, mas sim doação pessoal: na amizade e no afeto sincero, na ajuda fraterna e no perdão, no tempo compartilhado e na escuta recíproca. "Que Maria nos ajude a viver o Natal como ocasião para saborear a alegria de nos darmos aos nossos irmãos, particularmente aqueles mais necessitados", concluiu o Papa.
Após a oração mariana do Angelus, João Paulo II saudou, com visível comoção, um grupo de 32 crianças provenientes da localidade russa de Beslan, na Ossétia, sobreviventes do seqüestro terrorista perpetrado em uma escola daquela cidade, em setembro último, trágico episódio no qual perderam a vida 350 pessoas. O Pontífice fez votos de que o bem que as crianças estão recebendo neste momento, como convidadas da província italiana de Trento, as ajude a superar a terrível experiência por que passaram.
(S.L.) (Agência Fides 20/12/2004)
