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Havana (Agência Fides) – Ontem, 19 de novembro, foram retomadas em Cuba as negociações de paz entre os representantes do governo Colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A delegação das FARC, rompendo o protocolo concordado, na chegada ao ingresso do Centro que sedia o diálogo, leu um comunicado anunciando um cessar-fogo unilateral para o Natal, da meia-noite de terça-feira, 20 de novembro, até 10 de janeiro de 2013. O comunicado destaca "o fim de todos os tipos de operações militares ofensivas contra as forças de segurança, e os atos de sabotagem contra as infraestruturas públicas ou privadas", como uma decisão tomada para “acolher o grito de paz dos colombianos”. O comunicado afirma ainda que a trégua unilateral é “um sinal da vontade de criar um ambiente político favorável ao progresso dos colóquios".
O Governo colombiano, através do Ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, confirmou a sua posição e disse que continuará a combater os guerrilheiros porque é “seu dever”. Numa breve coletiva de imprensa, Pinzon declarou que continuará a perseguir aqueles que violaram todas as normas e tiraram a vida a tantos compatriotas. Esta linha de ação segue a posição assumida pelo Presidente Santos, o qual antes do encontro em Havana tinha afirmado que os colóquios não seriam acompanhados de um “cessar-fogo” por parte do governo, até quando o conflito não acabar. Segundo os dados coletados por Fides, a posição do governo é motivada por análogas experiências de antiga data: cada trégua pedida pela guerrilha serviu para reforçar as suas linhas e se reabastecer de armas sem qualquer controle.
No entanto, os diálogos pela paz continuam também hoje, examinando os pontos fixados na agenda: a propriedade das terras e o desenvolvimento rural, a participação política e a oposição, o fim do conflito armado, o narcotráfico e o ressarcimento das vítimas (veja Fides 18/10/2012). (CE) (Agência Fides, 20/11/2012)
