ÁFRICA/NIGÉRIA - 120 mil sem-teto, casas, hospitais, escolas, igrejas e edifícios destruídos ou danificados pela pior enchente dos últimos 40 anos

Quinta, 11 Outubro 2012

Lagos (Agência Fides) – Mais de um milhão e 300 mil nigerianos estão desabrigados e 431 morreram em consequência das piores inundações dos últimos 40 anos – como as definem as autoridades locais. 30 dos 36 estados foram atingidos desde o mês de julho. Segundo as autoridades e a Cruz Vermelha Nigeriana (NRC), as chuvas torrenciais submergiram grande parte dos estados do sudoeste de Delta e Bayelsa, atingindo 350 comunidades e deixando 120 mil pessoas sem-teto. As chuvas começaram em julho no estado de Plateau, na Nigéria central, alcançando, em agosto, os estados de Borno, Cross River, Ebonyi, Nassarawa, Bauchi, Gombe, Katsina e Kebbi, para prosseguir em setembro em Taraba Benue, Niger, Kaduna e Kano, antes de tocar Delta e Bayelsa entre setembro e outubro (veja Agência Fides 21/09/2012).
Milhares de pessoas que encontraram abrigo em acampamentos temporários nos estados de Delta e Bayelsa foram obrigados a fugir de novo quando as chuvas chegaram ali também. Na capital de Bayelsa, Yenagoa, 3 mil pessoas vivem no complexo esportivo Ovom. Milhares de casas, cerca de 20 postos de saúde e 5 hospitais, além de dúzias de escolas, igrejas e edifícios do governo foram destruídos ou danificados no estado de Delta. Seis dos oito distritos de Bayelsa estão completamente alagados. A maior parte das escolas que se encontram nas áreas atingidas foi obrigada a fechar ou foram ocupadas pelos desabrigados. Ainda não se sabe quantos hectares de coleta foram perdidos, mas os agricultores estão certos de terem perdido tudo, inclusive capôs de mandioca e cacau. As atividades relacionadas à piscicultura foram também alagadas. As agências de ajudas humanitárias receberam vários pedidos e providenciaram imediatamente à evacuação e as comunidades mais afetadas e forneceram tendas, utensílios de cozinha, serviços higiênicos e gêneros de primeira necessidade em Lagos. Há também a necessidade urgente de gêneros alimentícios. (AP) (11/10/2012 Agência Fides)


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