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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - A audiência aos participantes da assembleia da Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (R.O.A.C.O), deu ontem a ocasião ao Santo Padre Bento XVI de reafirmar a sua proximidade "ao grande sofrimento dos irmãos e irmãs na Síria, em especial dos pequenos inocentes e indefesos". Em seu discurso, o Papa disse: "A nossa oração, o nosso compromisso e nossa fraternidade concreta em Cristo, como óleo da consolação, os ajude a não perder a luz da esperança nestes momentos de escuridão, e obtenha de Deus a sabedoria do coração a quem tem a responsabilidade, a fim de que cesse o derramamento de sangue e a violência, que só trazem dor e morte, deixe espaço para a reconciliação, harmonia e paz. Não seja poupado nenhum esforço, até mesmo da parte da comunidade internacional, para fazer a Síria sair da situação atual de violência e crise que já dura um longo tempo e pode se tornar um conflito generalizado que teria consequências fortemente negativas para o país e toda a região. Faço um premente e sincero apelo para que diante da necessidade extrema da população, seja também garantida a necessária assistência humanitária a muitas pessoas que fugiram de suas casas, algumas refugiando-se nos países vizinhos: o valor da vida humana é um bem precioso a ser protegido sempre".
Em seu discurso, o Papa destacou como o Oriente, "pátria mãe de antigas tradições cristãs", sofra de modo particular os efeitos da atual conjuntura econômica e social", que gera insegurança e instabilidade também no campo eclesial, ecumênico e inter-religioso. Trata-se de fatores que alimentam as feridas endêmicas da história e contribuem para tornar mais frágil o diálogo, a paz e a convivência entre os povos, bem como o respeito autêntico dos direitos humanos, especialmente a liberdade religiosa pessoal e comunitária. Este direito deve ser garantido em sua profissão pública e não apenas em termos de culto, mas também pastoral, educacional, assistencial e social, todos esses aspectos indispensáveis para o seu funcionamento eficaz".
O Santo Padre, enfim, exortou os presentes a serem sempre "sinais eloquentes da caridade que brota do coração de Cristo e apresenta ao mundo a Igreja em sua verdadeira identidade e missão, colocando-a a serviço de Deus, que é Amor", e confiou à intercessão da Santíssima Mãe de Deus "as Igrejas Orientais na pátria mãe e na diáspora ... Que Maria possa vigiar sobre a próxima viagem que - se Deus quiser – farei ao Líbano para colocar o sigilo na Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos". (SL) (Agência Fides 22/06/2012)
