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Assunção (Agência Fides) - Ao final de sua 172a Assembléia Plenária, os Bispos da Conferencia Episcopal Paraguaia (CEP) divulgaram uma mensagem intitulada “A esperança é necessária e possível. O documento é dividido em 4 parágrafos: “A gravidade da situação”, “A esperança é necessária e possível”; “Ações imediatas e concretas”, “Reflexão final”.
A Mensagem dos Bispos paraguaios abre-se com uma serena e corajosa análise da obra de evangelização e da ação pastoral praticada até hoje: revelam-se ‘insuficientes e não inculturadas, razão pela qual, notam-se situações em que os batizados não assumiram os valores fundamentais do Evangelho, e seu comportamento não concorda com sua condição de cristãos”. Os Bispos expressam profunda preocupação pois a nação esta ‘percorrendo uma Via Sacra dramática e dolorosa, por causa do incremento da pobreza, da miséria, do aumento da violência e da criminalidade, que coloca os cidadãos diante de uma condição de vulnerabilidade, insegurança e sem defesa”.
Diante desta situação, os Bispos exortam a ‘manter a esperança intacta, apoiando-se no poder de Deus, que socorre seu povo nos momentos de angústia’. Também pedem ao poder público eu predisponha e atue um projeto sério para o país, com o qual responder aos graves problemas e conflitos sociais relativos à propriedade e ao uso da terra, e da pobreza reinante no país. Os Bispos recomendam ao Governo criar condições necessárias para reativar a economia nacional e enfrentar com seriedade o problema da segurança urbana. Também se solicita privilegiar a atenção á infância e à juventude, considerando que 66% da população paraguaia tem menos de 30 anos, e portanto, “é um enorme potencial que desafia a criação de novas estruturas, espaços de participação e oportunidades”.
A Assembléia da CEP relevou os passos positivos alcançados nos últimos tempos, como ‘a liberdade de imprensa e de expressão, espaços de encontro e de diálogo entre diversos setores da sociedade, formação de novos grêmios políticos e movimentos, que acreditam seriamente na possibilidade de mudar a situação do país, assim como uma maior consciência dos cidadãos sobre o valor dos direitos humanos, da dignidade pessoal e da necessidade de erradicar o grave male da corrupção”. O documento se encerra exortando todos os cristãos a colaborar na mudança das estruturas injustas e a impregnar de valores cristãos a cultura em que vivem. (R.Z.) (Agência Fides 11/11/2004)
