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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - A Pontifícia Universidade Urbaniana celebra o dia de sua padroeira na solenidade da Anunciação do Senhor, quando a liturgia recorda dois "sim": "de Jesus que entra mundo dizendo ao Pai «eis que venho para fazer a tua vontade », e de Maria com seu fiat: «seja feito em mim segundo a tua palavra». O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos e Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Urbaniana, Cardeal Fernando Filoni, recordou estas palavras durante a missa por ele presidida esta manhã, na Capela do Colégio Urbano.
Na homilia, o Cardeal sublinhou que "logo após o anúncio do Anjo, Maria foi à casa de Isabel para levar, não somente ajuda, mas Jesus, enviado do Pai para salvar a humanidade. Maria assim, se torna o ícone da Igreja, que incansavelmente caminha pelo mundo para levar a todos e a todo lugar o Evangelho". Então prosseguiu: "Não é esta a tarefa da Congregação para a Evangelização dos Povos: manter viva a consciência de que a Igreja existe para evangelizar?" Não é esta a sua vocação e sua identidade mais profunda?" E a nossa universidade não deve cada vez mais se caracterizar por isso?"
Inspirado-se no Evangelho da solenidade, o Cardeal Filoni sublinhou algumas expressões. O diálogo do anjo com Maria começa com a palavra "Alegra-te". "Desde o momento da Anunciação - disse o Cardeal – o advento de Jesus é apresentado com um convite à alegria e Maria é causa de nossa alegria... Quem é portador da Boa Nova que é Cristo, deve se revestir de entusiasmo e alegria se tornar como Maria artífice de consolação e graça em todas as situações de aflição. É uma característica indispensável dos missionários".
O convite a Maria a se alegrar, tem seu fundamento na referência à presença nela do Senhor: "O Senhor está contigo". "Segundo São João Crisóstomo, a saudação tradicional usada na liturgia faz com que a assembleia esteja em festa", - disse o Cardeal Filoni. Esta saudação é também a garantia que é dada quando na Escritura Deus confia uma tarefa ao homem, especialmente se difícil.
Ela está associada também ao mandato de Jesus aos apóstolos antes de voltar para o Pai". "Como é possível?" se pergunta Maria. "Não é perplexidade, mas surpresa diante de um Deus que tudo pode, mas quer ter necessidade de nós" - destacou o Cardeal. Surpreendente que ele condicione a atuação de seu Plano de salvação na colaboração pedida a uma garota, mas nos lembra que Deus confia em nós, apesar de tudo, nos quer seus colaboradores e não servidores. A atuação da obra salvífica de Cristo depende também de nós, do nosso "sim", de nosso compromisso, de nossa dedicação".
O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos também lembrou que "Deus quer que todos se salvem e cheguem à plenitude da verdade e da comunhão com Ele. Esta sua vontade se realizou quando Maria disse seu sim. O seu «eis me aqui» deve ser feito pela Igreja e por cada um de nós. O plano divino de salvação não é imposto, mas proposto. Espera o nosso "sim", a nossa colaboração".
Após a missa, realizou-se um ato acadêmico em que tomou a palavra o Reitor da Universidade, um representante dos estudantes, e o prof. Antoine Kambanda, Reitor do Seminário Maior de Nyakibanda (Ruanda), que apresentou um relatório sobre o papel de pacificação e reconciliação desempenhado pela Igreja na região dos Grandes Lagos após o genocídio de 1994. (SL) (Agência Fides 27/03/2012)
