VATICANO - "As pessoas tratadas e curadas da hanseníase podem e devem expressar toda a riqueza de sua dignidade e espiritualidade": Dia Mundial de combate à hanseníase

Sábado, 28 Janeiro 2012

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Como a cada ano, desde 1954, celebra-se no último domingo de janeiro o Dia Mundial de combate à hanseníase. Infelizmente, ainda hoje esta doença atinge no mundo 200 mil pessoas. Segundo o boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde, em 2010, 123 países do mundo denunciaram novos casos de hanseníase, totalizando 228.474. Tais dados são provisórios porque faltam números de alguns países como Costa do Marfim, Gana e Senegal. 
A Índia, com 126.800 casos, e o Brasil, com 34.894 casos em 2010, ainda são os países nos quais se registra o maior número de novos casos de hanseníase no mundo. Seguem Angola, Bangladesh, China, Congo, Etiópia, Indonésia, Madagascar, Moçambique, Mianmar, Nepal, Nigéria, Filipinas, Sri Lanka, Sudão e Tanzânia. Os países com o mais elevado índice de novos casos em crianças, divididos por continentes, são a Libéria na África, a República Dominicana na América, o Iêmen no Oriente Médio, a Indonésia na Ásia e as ilhas Marshall no Pacífico. Os países com os maiores índices de sequelas dentre os novos casos são Madagascar na África, Paraguai, na América, Tailândia e China na Ásia. Não obstante nos últimos 20 anos cerca de 14 milhões e meio de pessoas tenham sido tratadas com quimioterapia e curadas da hanseníase, muitas delas precisam de terapias para toda a vida, por problemas ligados a sequelas, úlceras e feridas causadas pela doença. Segundo as estimativas da OMS, elas seriam cerca de 2 milhões. Os sucessos obtidos na luta contra o mal de Hansen não devem reduzir “a atenção internacional pelos doentes de hanseníase, que necessitam ainda hoje de apoio humano e integração social” – afirmou o Presidente do Pontifício Conselho para os Agentes de Saúde, o Arcebispo Zygmunt Zimowski, em sua Mensagem para o Dia deste ano. A discriminação em muitos países constitui ainda uma chaga muito grave para estas pessoas. Em dezembro de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução para a eliminação deste fenômeno, coadjuvada por alguns princípios e linhas-mestres. A Igreja missionária tem uma longa tradição de assistência a estes doentes, muitas vezes abandonados por suas famílias, e sempre lhes forneceu, além de cuidados médicos e assistência espiritual, também possibilidades concretas de recuperação e reintegração na sociedade, superando as barreiras da discriminação. A Igreja administra, no mundo, 561 leprosários (segundo o último Anuário Estatístico da Igreja). Segundo a divisão por continente: na África 174, na América 92 (total), na Ásia 288, na Europa 4 e na Oceania 3. As nações que hospedam o maior número de leprosários são: na África: República Democrática do Congo (33), Madagascar (25), África do Sul (23); na América do Norte: Estados Unidos (47); na América central: México (4); na América central-Antilhas: Haiti (2); na América do Sul: Brasil (13), Equador (8), Peru (6); na Ásia: Índia (220), Coreia (16), Paquistão (14); na Europa: Itália (2), Bélgica (1), Espanha (1); na Oceania: Papua Nova Guiné (3). (AP) (28/1/2012 Agência Fides)


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