VATICANO - O Papa na audiência geral: “que na sociedade atual a troca de votos não perca o seu profundo valor religioso, e a festa não seja absorvida pelos aspectos exteriores”

Quinta, 22 Dezembro 2011

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “A saudação que corre nestes dias nos lábios de todos é ‘Bom Natal! Boas festas!’. Façamos com que, na sociedade atual, a troca de votos não perca o seu profundo valor religioso e a festa não seja absorvida pelos emotivos aspectos exteriores. Certamente, os sinais exteriores são bonitos e importantes, desde que não distraiam, mas nos ajudem a viver o Natal em seu mais verdadeiro sentido, o sagrado e cristão, de modo que também a nossa alegria não seja superficial, mas profunda”.
Estas são as recomendações dirigidas pelo Santo Padre Bento XVI aos peregrinos presentes na audiência geral de quarta-feira, 21 de dezembro, na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Em sua catequese, o Pontífice destacou que o Natal “não é um simples aniversário do nascimento de Jesus – é isso também – mas é mais, é celebrar um Mistério que marcou e continua a marcar a história do homem – o próprio Deus veio habitar em meio de nós (cfr Jo 1,14), se fez um de nós – um Mistério que vivemos concretamente nas celebrações litúrgicas, de modo especial, na Santa Missa”. Em seguida, explicou que “os eventos da salvação realizada por Cristo são sempre atuais, interessam a todos os homens. Quando ouvimos ou pronunciamos, nas celebrações litúrgicas, o “hoje, o Salvador nasceu por nós”, não usamos uma expressão vazia ou convencional, mas afirmamos que Deus nos oferece “hoje”, agora, a mim e a cada um de nós, a possibilidade de reconhecê-lo e acolhê-lo, como fizeram os pastores em Belém, para que Ele nasça em nossa vida e a renove, a ilumine, a transforme com a sua Graça e com a sua Presença.
Enfim, Bento XVI ilustrou a profunda relação entre o Natal e a Páscoa: “A Encarnação e o nascimento de Jesus nos convidam a dirigir o olhar à sua morte e sua ressurreição: Natal e Páscoa ambas são festividades da redenção. A Páscoa a celebra como a vitória sobre o pecado e a morte: marca o momento final, quando a glória do Homem-Deus resplendece como a luz do dia; o Natal a celebra como a entrada de Deus na história, fazendo-se homem para levar o homem a Deus: assinala o momento inicial, quando se entrevê a luz da alvorada. Assim como o alvorecer precede e anuncia a luz do dia, o Natal anuncia a Cruz e a glória da Ressurreição”. (SL) (Agência Fides 22/12/2011)


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