VATICANO - O Papa aos bispos indonésios: “a liberdade de viver e de predicar o Evangelho nunca pode ser considerada como já realizada”.

Sábado, 8 Outubro 2011

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “O impulso missionário continua essencial para a vida da Igreja e se expressa não somente na predicação do Evangelho, mas também no testemunho da caridade cristã. A propósito, aprecio os esforço intensos de numerosas pessoas e de organismos em nome da Igreja, para levar a terna compaixão de Deus a inúmeros membros da sociedade indonésia”. Com estas palavras o Santo Padre Bento XVI se dirigiu aos bispos da Indonésia, recebidos em audiência no dia 7 de outubro, por ocasião da visita Ad Limina Apostolorum.
Em seu discurso à Conferência episcopal indonésia, o Santo Padre salientou que “a Constituição indonésia garante o direito humano fundamental à liberdade de praticar a própria religião. A liberdade de viver e de predicar o Evangelho nunca pode ser considerada como já realizada e deve sempre ser apoiada de maneira justa e paciente. A liberdade de religião não é apenas o direito a ser livre dos constrangimentos externos. É também um direito a ser católico de maneira autêntica e plena, a praticar a fé, a edificar a Igreja e contribuir ao bem comum, proclamando o Evangelho como Boa Nova a todos e convidando todos à intimidade com o Deus da misericórdia e da compaixão, manifesto em Jesus Cristo”.
O Papa ainda exaltou os numerosos sacerdotes, religiosos e religiosas “que dão glória ao Senhor através de inúmeras boas obras, que são benéficas a seus irmãos e irmãs indonésios”, principalmente os mais necessitados, e encorajou os bispos a garantir que “formação e a educação que os seminaristas, os religiosos e as religiosas recebem sejam sempre adequadas à missão que lhe é confiada”.
A Indonésia se caracteriza por uma profunda diversidade cultural e várias tradições religiosas, e por isso assume particular relevância a promoção do diálogo interreligioso, razão pela qual o Pontífice dirigiu um particular convite aos bispos, para que, aqueles que foram confiados ao seu zelo pastoral “saibam que, enquanto cristãos, devem ser agentes de paz, de perseverança e de caridade. Os fiéis em Cristo, radicados na verdade, deveriam se empenhar no diálogo com outras religiões, respeitando as recíprocas diferenças. Os esforços comuns para a edificação da sociedade terão um grande valor se reforçarem as amizades e superarem os equívocos ou formas de desconfiança. Fazendo todo o possível para garantir que os direitos das minorias no seu país sejam respeitadas, promovam a tolerância e a harmonia recíproca no seu país e fora dele”. (SL) (Agência Fides 08/10/2011)


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