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Roma- “Procuramos ser a face humana de Cristo em um contexto onde os cristãos são minoria.” Assim, Dom Martin Albert Happe, Bispo de Nouakchott, capital da Mauritânia, explica à Agência Fides o significado da presença da pequena comunidade católica na Mauritânia.
“É difícil quantificar o número de católicos na Mauritânia, porque são estrangeiros, europeus e africanos provenientes dos países limítrofes. A maioria dos católicos é trabalhador imigrante, proveniente da Guiné-Bissau. Trata-se de uma cifra que varia com o tempo, mas que fica em torno a 5-6 mil pessoas”, explica Dom Happe. “Um dos problemas que encontram as crenças diferentes daquela islâmica na Mauritânia é a proibição de fazer proselitismo. Os muçulmanos não podem se converter a uma outra religião. Não encontramos, porém, dificuldades especiais na obra pastoral dentro da nossa comunidade”.
“Esta proibição explica também porque a Igreja não pode abrir escolas católicas. Podemos ter creches, freqüentadas também por filhos de pais muçulmanos. Mas são os próprios pais muçulmanos que lamentam o fato de que não podem continuar a mandar seus filhos a uma escola católica”, afirma o Bispo. “No entanto, temos também outras atividades culturais, como bibliotecas e centros de cultura, que são freqüentados por todos”, prossegue Dom Happe.
“A Igreja está sempre empenhada também nas atividades de caridade e assistência, seja aos imigrantes como aos cidadãos do país. Procuramos ser a face humana de Cristo em um contexto onde os cristãos são minoria e onde existem fortes divisões entre os próprios muçulmanos. Existe uma divisão entre mauritanos árabes e aqueles originários da África subsaariana”, declara o Bispo.
A diocese de Nouakchott é a única diocese da Mauritânia, tem uma extensão de 1.030.700 Km2 (quase a extensão de todo o país), uma população de 2.600 milhões de habitantes, dos quais cerca de 4.500 mil católicos. A população da Mauritânia é 99,5% muçulmana. (L.M.) (Agência Fides 15/10/2004)
