ÁFRICA - “Epidemia invisível”: a cada minuto, morre uma mulher grávida nos países pobres, cerca de meio milhão de mortes por ano

Roma (Agência Fides) - A cada minuto, nos países pobres, morre uma mulher grávida, ao menos meio milhão por ano. As áreas mais atingidas por esta verdadeira tragédia são a África, em especial a região subsaariana, a Ásia central e meridional. Hemorragias, infecções, abortos: essas são as principais causas de morte, que obviamente encontram o seu humus na falta de condições higiênicas, devido à falta total de infra-estruturas, mesmo que simplesmente água, à ignorância e aos assustadores níveis de pobreza.
Os números são impressionantes: na África subsaariana, uma mulher grávida em cada 16 corre risco de morte; nos países riscos, a porcentagem é de uma a cada 2.800. Trata-se de uma epidemia invisível que não seria difícil de impedir: não ocorrem, explicam os especialistas, de medicamentos ou tecnologias especiais, mas somente formação de pessoal minimamente preparado, capaz de intervir velozmente quando necessário.
A perspectiva é que na África, nos próximos 10 anos, morram mais de 2,5 milhões de mulheres grávidas, e quase 50 milhões ficarão estéreis.
Sobre a tragédia da epidemia invisível, a Oms anunciou uma série de projetos-pilota para oito países africanos: Etiópia, Quênia, Malauí, Moçambique, Suazilândia Tanzânia, Uganda e Zâmbia. (AP) (13/10/2004 Agência Fides)