Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) - "Estou ciente das circunstâncias difíceis que muitos de vocês enfrentam enquanto levam adiante um diálogo com membros de outras religiões, promovendo um clima de tolerante interação O diálogo deve ser caracterizado por uma consideração constante daquilo que é verdadeiro, a fim de promover o respeito mútuo, evitando a aparência de sincretismo". Foi o que recomendou o Santo Padre Bento XVI a dois grupos de bispos indianos de rito latino, recebidos em audiência no dia 16 de maio, em visita Ad Limina Apostolorum. "Enquanto os cristãos na Índia buscam viver em paz e harmonia com seus vizinhos de outras religiões - disse o Santo Padre - a sua direção prudente será importante na tarefa civil e moral de agir para proteger os direitos humanos fundamentais da liberdade de religião e da liberdade de culto. Como vocês sabem, estes direitos se baseiam na comum dignidade de todos os seres humanos e são reconhecidos no concerto das nações. A Igreja Católica pretende promover esses direitos para todas as religiões do mundo ... Mesmo quando o cristão encontra oposição, a sua caridade e sua resistência deve servir para convencer os outros da justeza da tolerância religiosa, da qual podem se beneficiar os seguidores de todas as religiões". Em seu discurso, Bento XVI lembrou aos bispos que o mandato missionário confiado por Cristo ressuscitado aos seus discípulos na Ascensão ao céu (cf. Mt 28, 19-20), fez com que o seu grande patrono Santo Tomas, os outros apóstolos e todos aqueles que os seguiram pregassem o Evangelho entre as nações", e "hoje, como em todos os tempos, o mandato apostólico encontra a sua fonte e o seu centro na proclamação do Filho de Deus encarnado". Por esta razão o Santo Padre recomendou uma "catequese sólida" para todos os que dão seus primeiros passos de fiéis no caminho de Cristo, e "isto é particularmente verdadeiro para a preparação dos fiéis para encontrar o nosso Senhor nos sacramentos". Na Índia, "lar de muitas religiões antigas, incluindo o cristianismo", a apresentação do Evangelho, "comporta o delicado processo de inculturação" que, evidenciou Bento XVI, "exige que os sacerdotes, religiosos e os catequistas leigos, ao apresentar a Boa Nova, utilizem com cuidado as línguas e costumes dos povos que servem ... vocês, queridos irmãos no Episcopado, são chamados para vigiar sobre este processo, em fidelidade ao depósito da fé que nos foi dado para que o possamos proteger e transmitir". (SL) (Agência Fides 17/05/2011)
