VATICANO - Dom Zago, vontade de Deus e de Missão

Segunda, 14 Março 2011

Cidade do Vaticano (Fides) – “A missão era tudo para Dom Zago. No período em que se discutia muito sobre a essência da missão e a identidade do missionário, a Missão era para ele a missão com letra maiúscula, a única coisa que buscava na vida, a cooperação com o desígnio salvífico de Jesus Cristo; aliás, a continuação da missão redentora do próprio Cristo, como a descreveu e quis o Salvador”. São as palavras do Card. Jozef Tomko, Prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos, durante a Concelebração Eucarística presidida na tarde de 10 de março na capela do Colégio Urbano, há dez anos da morte de Dom Marcello Zago, Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos de 1998 a 2001 (veja Fides 9/3/2011).
O Card. Tomko recordou assim o momento em que apresentou Dom Zago, eleito Secretário do Dicastério Missionário, ao pessoal religioso e laico: “O novo Secretário manifestou sua disponibilidade em seguir apenas a vontade de Deus e servir totalmente a missão na breve resposta à saudação do Prefeito, dizendo, entre outras coisas: “Em minha vida nunca pedi nada a não ser a missão e nunca rejeitei nada”. Quando três anos mais tarde, abrimos o seu testamento, encontramos a mesma frase. Claramente, este era o ‘lema’ espiritual que o guiou por toda a sua existência. Vontade de Deus e missão”. Dom Zago entrou com pleno zelo no trabalho do Dicastério, “enfrentando problemas sempre diferentes: doutrinais, universitários, organizativos, administrativos e diocesanos, de nomeações episcopais e outros, de animação em todos os níveis, além de relações inter-dicasteriais, conferências e artigos, entrevistas e atividades promocionais, viagens extenuantes e empenhos pastorais que necessitavam de intensa preparação, que o levavam a deixar os papeis no escritório, acumulando-os com o novo trabalho, na volta”. 
“O segredo de toda a sua personalidade e de sua atividade tão fecundas – concluiu o Cardeal, na homilia – foi revelado em seu testamento: ‘Para mim, existem três coisas importantes: Jesus Cristo, a Igreja, a missão’. Hoje, estamos certos de que está realizando a promessa feita no testamento: “Agora, confio a instituição (de Propaganda Fide) e cada um de vocês ao Senhor, esperando continuar a ser, eu também, um dos intercessores da obra missionária no mundo”. (SL) (Agência Fides 14/03/2011)


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