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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Todos podem se abrir à ação de Deus e ao seu amor; com o nosso testemunho evangélico, devemos ser uma mensagem viva; aliás, em muitos casos, somos o único Evangelho que os homens de hoje ainda leem”. É a exortação dirigida pelo Santo Padre Bento XVI durante a Celebração Eucarística com o rito da benção e de imposição das Cinzas, celebrada na tarde de quarta-feira, 9 de março, na Basílica de Santa Sabina. “Eis a nossa responsabilidade nas pegadas de São Paulo – disse o Pontífice – eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé vivenciada a um mundo em dificuldade, que precisa retornar a Deus, que precisa de conversão”. Na opinião comum, o tempo da quaresma “corre o risco de ser conotado pela tristeza, por uma vida cinzenta – destacou o Papa. Ao contrário, ele é um dom precioso de Deus, é tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja, é o itinerário rumo à Páscoa do Senhor”. Inspirando-se na primeira Leitura, extraída do livro do profeta Joel, no qual Deus convida o povo hebraico a um arrependimento sincero e não só aparente, o Santo Padre recordou que “não se trata de uma conversão espiritual e transitória, referida profundamente aos comportamentos da consciência; supõe um sincero propósito de arrependimento. E esta conversão é possível porque Deus é rico de misericórdia e grande no amor”. No Evangelho, Jesus alerta para o fato que “quando se realiza algo de bom, quase instintivamente nasce em nós o desejo de ser estimados pela boa ação, ou seja, de receber uma satisfação”. Mas o Senhor “não pede um respeito formal a uma lei estranha ao homem, imposta por um legislador severo, como um peso”, mas convida a redescobrir a esmola, a oração e o jejum, “vivendo-as de modo mais profundo, não por amor próprio, mas por amor de Deus, como instrumentos no caminho de conversão a Ele”. (SL) (Agência Fides 10/03/2011)
