Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Durante cinqüenta anos foi percorrida muita estrada... São cinqüenta anos em que se adquiriu um conhecimento mais verdadeiro e uma estima maior com as Igrejas e as Comunidades eclesiais, superando preconceitos fortalecidos pela história; se cresceu no diálogo teológico, mas também na caridade; foram desenvolvidas várias formas de colaboração, entre elas, além da defesa da vida, para a salvaguarda da criação e para combater a injustiça, importante e frutuosa foi no campo das traduções ecumênicas da agrada Escritura”. Foi o que recordou o Santo Padre Bento XVI recebendo em audiência, em 18 de novembro, os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos sobre o tema: “Rumo uma nova etapa do diálogo ecumênico”, em vista dos 50 anos de instituição do dicastério.
O Papa expressou “viva gratidão a todos aqueles que prestaram o seu serviço no Pontifício Conselho” nestes 50 anos, e citou o projeto (“Harvest Project”) que está se dedicando nos últimos anos o dicastério “para traçar um primeiro balanço das metas alcançadas nos diálogos teológicos com as principais Comunidades eclesiais desde o Concílio Vaticano II". Ao estimular os presentes a continuarem neste "trabalho valioso" o Santo Padre não deixou de salientar que "hoje, algumas pessoas pensam que tal caminho, especialmente no Ocidente, tenha perdido o seu ímpeto; se adverte então, a urgência de relançar o interesse ecumênico e dar um novo vigor aos diálogos". Diante dos desafios inéditos que se apresentam em nossos dias, Bento XVI reiterou a necessidade de "tomar consciência dessas mudanças e identificar formas de proceder efetivamente à luz da vontade do Senhor: que sejamos uma só coisa (Jo 17, 21)".
Ao concluir seu discurso, o Papa destacou que "apesar da existência de novas situações problemáticas ou pontos difíceis de diálogo, a meta do caminho ecumênico permanece imutável, como também o firme compromisso em persegui-la". Em seguida, ele reiterou que "a unidade dos cristãos é e permanece a oração, vive na oração ... nós não sabemos a hora da realização da unidade entre todos os discípulos de Cristo e não podemos saber, porque a unidade não a “fazer nós”, mas Deus: vem do alto, do da unidade do Pai com o Filho no diálogo de amor que é o Espírito Santo; é um participar da unidade divina. E isto não deve fazer diminuir o nosso compromisso,aliás, deve tornar-nos sempre mais atentos a entender os sinais e os tempos do Senhor, sabendo reconhecer com gratidão o que já nos une e trabalhando para consolidar e crescer”. (SL) (Agência Fides 19/11/2010)
