Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “Viver com a força de Deus”: é o slogan, extraído da Segunda Carta aos Coríntios, que orienta o programa do 95° «Katholikentag» alemão, em curso em Ulm. Na mensagem enviada ao Bispo de Rottenburg-Stuttgart, Dom Gebhard Fürst, para esta ocasião, o Santo Padre João Paulo II escreve: “No decorrer das manifestações deste grande encontro dos católicos, do qual participam muitos não-cristãos, vocês são impulsionados, enquanto fiéis cristãos, a levar corajosamente sua voz quando são colocados em discussão os fundamentos da fé cristã e da convivência humana, quando são colocados de lado os altos valores do matrimônio e da família cristãos e quando está em jogo a unicidade da vida, como dom de Deus! Incitem-se reciprocamente a um novo empenho pelos pobres e os marginalizados, pela paz e a justiça em toda a terra! Sejam, para todos, testemunhas da esperança que está em vocês”.
Falando do lugar onde se realiza o encontro, e cidade de Ulm, construída às margens do Danúbio, o grande rio que liga o Leste e o Oeste da Europa, o Papa destaca a crescente consciência da identidade européia e o recente ingresso dos outros dez Países na União Européia. “A Europa não é uma união simples e casual de Estados ligados um ao outro geograficamente - prossegue o Papa -. A Europa, mesmo com a sua multiplicidade cultural, deve se tornar sempre mais, na base dos valores humanos e cristãos, uma unidade espiritual, que inspire as ações dos homens. Vamos utilizar, portanto, as possibilidades que a Europa unida nos oferece para uma melhor difusão do Evangelho de Cristo, para que ninguém fique fora do excepcional dom salvífico de Deus! Os cristãos batalharam pela unidade européia e continuam a se empenhar por este objetivo. A Europa necessita dos seus povos.”
Por fim, o Santo Padre exorta os participantes a deixarem-se animar “pela dinamicidade de Deus, que ilumina e liberta”: “Ele deseja fazer-nos partícipe da sua vida divina e doar-nos o amor e a força de que necessitamos para colocar-nos a serviço do próximo e testemunhar a nossa fé comum no tempo e na sociedade”. (S.L.) (Agência Fides 17/6/2004)