ÁSIA/MIANMAR - “Libertem Aug San Suu Kyi”: o apelo da Comissão da ONU para os Direitos Humanos

Quinta, 22 Abril 2004

Genebra (Agência Fides) - Libertar imediatamente a ativista pelos direitos humanos Aung San Suu Kyi, ainda em prisão domiciliar, e com ela os outros presos políticos. Este é o pedido oficial enviado ao governo birmanês pela Comissão da ONU para os Direitos Humanos, que está reunida em Genebra para a sua assembléia anual. A Comissão também pediu ao governo que acabe com as “sistemáticas violações” dos direitos humanos e que levantem as restrições impostas a atividades políticas não violentas. A moção, apresentada pela União Européia, Estados Unidos e Coréia do Sul, foi aprovada por unanimidade pelos 53 membros da Comissão.
A moção acrescenta ainda mais pressões sobre o governo birmanês depois que, alguns dias atrás, a junta militar no poder concedeu a reabertura da sede da Liga Nacional para a Democracia na capital, Yangon. A Liga é o movimento político de oposição, guiado pela ativista Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da paz em 1991. Segundo indiscrições, a ativista poderia ser libertada em breve, mas segundo outros observadores, Aung San Suu Kyi, que passou nove dos últimos 15 anos na prisão, poderia permanecer presa até 17 de maio, dia da abertura dos trabalhos de uma Convenção nacional que deverá estudar uma nova Constituição para o país.
A Comissão da ONU declarou que aprecia os esforços de uma “road map” para a democracia em Mianmar, mas destacou a necessidade de estabelecer um plano com tempos detalhados, que envolva todas as partes políticas presentes no país.
A participação de representantes da Liga e da própria Suu Kyi nos trabalhos da Convenção foi definida por observadores internacionais como condição imprescindível para dar credibilidade ao processo de democratização apresentado pela atual junta, que subiu ao poder em 1988 em um país governado militarmente desde 1962.
(PA) (Agência Fides 22/4/2004)


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