Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Viena (Agência Fides) - Um apelo urgente ao governo austríaco e aos deputados europeus da Áustria, para que se empenhem em nível internacional a favor da população do norte de Uganda e em especial a favor das crianças, foi lançado no último número da revista missionária “alle welt”. A Direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias da Áustria promove, de fato, um abaixo-assinado em defesa da população civil do norte de Uganda. “Os nossos parceiros em Uganda nos pediram espaço para expor seus problemas. Queremos lançar um apelo ao governo austríaco e aos deputados do nosso país para que se empenhem em nível europeu e no âmbito das Nações Unidas pelas crianças, pelos homens e as mulheres do norte de Uganda”, afirma Wolfgang Engelmaier, redatora-chefe de “alle welt”.
Durante sua recente visita a vários países europeus, o Arcebispo de Gulu, em Uganda, Dom John Baptist Odama, destacou: “A pressão da opinião pública por parte dos países ocidentais é para nós uma verdadeira oportunidade. Pedimos para que divulguem o nosso apelo a todo o mundo, para que nos ajudem a acabar com esta guerra!”. Faz 18 anos que no norte de Uganda combatem soldados governamentais e tropas do Lord’s Resistance Army (LRA). O representante das Nações Unidas para Assuntos humanitários, Jan Egeland, definiu a situação no país como “a maior crise ignorada e esquecida de todo o mundo”, citando um milhão e meio de refugiados internos e mais de 20.000 crianças obrigadas a combater como crianças-soldado ou a se tornar escravos sexuais, das quais 10.000 somente nos últimos dois anos.
O abaixo-assinado lançado pela Direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias da Áustria pretende apoiar a apresentação dos seguintes pedidos ao governo austríaco e aos parlamentares europeus do país: “Pedimos o empenho em nível internacional por uma solução pacífica do conflito no norte de Uganda com a participação de todas as partes interessadas... Pedimos o empenho para que as crianças sejam protegidas da violência da guerra, e seja dado apoio aos projetos de reabilitação para as crianças-soldado”. (MS) (Agência Fides, 20/4/2004)
