Papeete (Agência Fides) – “Enquanto o país, considerado pelos meios de comunicação como um paraíso, existe na realidade um número impressionante de pessoas feridas por causa de suas vidas familiares”: assim afirma o arcebispo de Papeete, Dom Hubert Coppenrath, numa carta por ocasião do Ano dedicado às famílias, celebrado ao longo deste ano, traçando um quadro crítico das condições nas quais vivem a instituição familiar na Polinésia. A crise de instabilidade das relações conjugais é um fenômeno que afeta muitos países do mundo e também a Polinésia, prossegue o arcebispo. “Cerca da metade dos casais vivem juntos e quase a metado dos casamentos civis terminam com o divórcio. O divórcio não poupa os casais que se casaram na Igreja e em geral, mesmo quando não se chega ao divórcio, a vida conjugal conhece tensões e se convive sem amor. Para não falar das violências conjugais, das crianças maltratadas, dos problemas por causa de bebidas, de incestos”. Nos últimos anos, lembra ainda o arcebispo na carta, na Polinésia surgiram uma onda de “ideologias portadoras de morte, que querem colocar no mesmo plamno o matrimônio e as uniões homossexuais”.
Dom Coppenrath propõe à comunidade de Papeete um esforço de colaboração em prol de um novo impuldo aos ideais da família cristã e ressaltar os modelos positivos. “Não é preciso propor somente ideais cristãos de matrimônio, é preciso convencer, escreve ele, sobre a importância da vida e do amor. Não se trata de informar mas de obter progressos concretos nestes âmbitos que tocam cada um de nós”.
Como sugestões práticas o arcebispo propõe “a busca de novos objetivoslá onde as relações entre os casais sejam estão em crise; uma maior atenção e mais tempo para dedicar à família; o perdão e a reconciliação entre os pais, entre os pais e os filhos e os irmãos e irmãs; a reflexão sobre os danos que divórcio faz nas crianças; uma séria preparação ao sacramento do matrimônio, guiada por pessoas competentes; o esforço a fim de que a família seja uma verdadeira Igreja doméstica, uma pequena célula onde se reza, se vive juntos a fé e se ajuda reciprocamente. Dom Coppenrath está convencido de que o Ano da família poderá ser particularmente útil para refletir sobre “uma instituição natural fundada e por vontade de Deus”. (A.M.) (Agência Fides 24/10/2008)