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Cairo (Agência Fides) - As autoridades da Igreja Ortodoxa Copta reafirmaram fortemente a sua oposição à celebração de casamentos combinados pelas famílias envolvendo meninos e meninas em idade precoce. Um comunicado divulgado pelo Patriarcado Ortodoxo copta reiterou a proibição de celebrar em igrejas copta-ortodoxas casamentos entre pessoas muito jovens, sublinhando que tal prática viola o direito de todo jovem de encontrar a pessoa certa com a qual começar uma relação conjugal estável e caracterizada pela promessa consciente de mútua fidelidade. O documento acrescenta que os matrimônios "precoces" impostos pelas famílias acabam criando problemas e situações difíceis não só para o jovem casal, mas também para os seus filhos e para toda a comunidade.
De acordo com dados fornecidos pelo governo egípcio em 2015, os matrimônios “precoces” representam 15 por cento das uniões conjugais celebradas no Egito. No último dia 9 de maio (veja Fides 2016/05/10), o Patriarcado copta-ortodoxo e a Universidade Islâmica de Al Azhar - considerada a instituição teológico-acadêmica de maior autoridade do islã sunita – assinaram um documento programático em que se delineava o seu compromisso comum para combater todas as formas de violência e de abuso infantil. A declaração conjunta, elaborada sob os auspícios do UNICEF, define a proteção de menores como uma prioridade comum, compartilhada seja pela sensibilidade islâmica como a cristã, e indica como uma forma de violência contra meninos e meninas também a prática de casamentos precoces, assim como a mutilação genital, sequestros e abusos sexuais. (GV) (Agência Fides 20/9/2016).