Madri (Agência Fides) – Terça-feira, 22 de abril, no escritório do "Defensor del Pueblo" (organismo que tutela os direitos dos cidadãos junto ao governo central), o Serviço dos Jesuítas para Migrantes (SJM) apresentou o “Relatório CIE 2015” (CIE: Centros de Internamento de Estrangeiros), que são alvo de numerosas polêmicas por causa da falta de organização e de assistência. O relatório se refere também às conhecidas como “as expulsões expressas”, que negam aos imigrantes sem-documentos a possibilidade de expor sua situação em um tribunal, condenando-os à expulsão imediata.
No fim da apresentação, Miriam, latino-americana que viveu “a expulsão expressa” de seu filho, deu o seu testemunho, contando as atrocidades deste sistema.
O relatório de 72 páginas se divide em três partes: situações nos CIE; indiferença das autoridades em relação ao despeito do regulamento dos CIE; expulsões expressas decididas de modo livre e sem algum controle. A nota enviada à Fides indica que durante a apresentação do Relatório, Miguel González, Coordenador do Serviço dos Jesuítas para Migrantes, destacou a sua profunda desilusão porque o regulamento do CIE foi aprovado há mais de um ano e acolhido com esperança por aqueles que trabalham neste campo, mas depois de um ano, nada foi colocado na prática. O mais grave é que ainda não foram nomeados o diretor, o secretário e o médico de cada CIE, como prevê o regulamento. Em relação às expulsões, o relatório frisa que “a realidade é que nos dirigimos para um modelo de repatriação com duas velocidades. As ‘expulsões expressas’ (57,8%) já superaram as expulsões dos Centros CIE (42,2%)”. (CE) (Agência Fides, 24/04/2015)