ÁFRICA/QUÊNIA - PELO MENOS 20 MIL DESABRIGADOS PELAS INCESSANTES CHUVAS QUE CONTINUAM A ATINGIR O QUÊNIA: APÓS A SECA E A CARESTIA, AGORA O DRAMA DA INUNDAÇÃO

Segunda, 12 Maio 2003

Nairobi (Agência Fides) – as pesadas chuvas que desde o fim de Abril estão atingindo o Quênia não terminam. “ A situação mais grave se encontra agora no distrito de Baringo ao norte do Quênia”, dizem os redatores da Agência Católica de notícias CISA em Nairobi. “ Esta região era a tempo atingida pela seca que havia provocado uma grave carestia. A situação já era grave do ponto de vista humanitário, quando chegaram as chuvas. As chuvas estão provocando danos enormes em um sistema agrícola já duramente provado pela seca” acrescentam as fontes da Agência Fides.
No distrito de Baringo as chuvas que ainda atingem a região provocaram pelo menos duas mortes, a completa destruição das culturas e a morte da maior parte dos animais.
O governo do Quênia mobilizou as forças armadas para socorrer a população, enquanto chegam ao País as primeiras ajudas das Nações Unidas. As operações de socorro são obstacularizadas pelas condições meteorológicas que continuam péssimas. “ Por este motivo” dizem os redatores da CISA “não é ainda possível ter uma estimativa exata das vítimas e dos sem tetos”. Um primeiro relatório redigido pelas nações unidas afirma que nas regiões mais atingidas, o Quênia ocidental e ao longo das margens do rio Tana, existem pelo menos 20 mil desabrigados que perderam a própria habitação.
Particularmente difícil é a situação nos campos dos refugiados no nordeste do País, onde encontraram refúgio milhares de pessoas provenientes dos países vizinhos do Quênia, que se encontram em guerra, sobretudo na Somália e Burundi.
Também as regiões meridionais da Etiópia sofreram danos pelas chuvas e vivem a mesma tragédia do Quênia: o fim de um longo período de seca foi marcado por graves inundações. Segundo fontes oficiais do governo da Etiópia, pelo menos 40 pessoas morreram. Cerca de 96 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas casas na zona de fronteira com a Somália, depois que o rio Shebelle rompeu o dique. (L.M) (Agência Fides 9/5/2003 – Linhas: 27; Palavras: 349)


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