ÁSIA/SÍRIA - Eleições presidenciais, para Assad um triunfo anunciado

Terça, 3 Junho 2014

Damasco (Agência Fides) – Das 7 às 19 de hoje, terça-feira 3 de junho, a população síria que permanece concentrada nas áreas que permaneceram ou retornaram sob o controle do regime de Damasco é chamada a dar o seu voto nas eleições presidenciais definidas “uma farsa” pela oposição e por ministros dos países que a apoiam. O Ministério do Interior informou que os sírios que têm direito ao voto são 15,8 milhões, incluindo milhões de refugiados que fugiram para países vizinhos por causa do conflito. Em todo o país foram criados 9.600 centros de coleta de votos. Fontes locais de Aleppo e Damasco consultadas pela Agência Fides confirmam que nas áreas urbanas controladas pelo exército o fluxo nas urnas é ininterrupto, mesmo em bairros onde é mais forte a presença dos cristãos.
As eleições servem de fato para consagrar o poder do Presidente Bashar al-Assad, destinado a vencer as eleições, recolhendo mais de 90 por cento dos votos. O único desafio para o presidente, a parte um de seus ministros, é o candidato da extrema esquerda Maher Hajjar. "A impressão", explica à Agência Fides a irmã franciscana Jola Girgis, contatada em Damasco, "é que esses anos de guerra aumentaram o apoio ao Presidente Assad, mesmo entre muitos daqueles que antes estavam contra ele. Em todo caso, todos entenderam que nos grandes jogos de poder político o bem do país está em primeiro lugar para o povo sírio".
Em Aleppo, o dia da eleição foi precedido pelo lançamento de mísseis e granadas nos últimos dias que caíram particularmente no bairro de Meidan, habitado por cristãos armênios. "Houve feridos e casas destruídas e muitas famílias fugiram de suas casas e dormiram nos corredores das paróquias", disse à Fides o Arcebispo armênio católico de Aleppo, Boutros Marayati. "Hoje a situação está calma", acrescentou o arcebispo, "mas em um minuto, tudo pode acontecer e não se vê a maneira de sair deste estado de incerteza perene. Por esta razão, as pessoas estão com medo e não sabem o que fazer". (GV) (Agência Fides 3/6/2014).


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