Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Jerusalém (Agência Fides) - “Na vigília da visita de Sua Santidade Papa Francisco a Jerusalém, e do seu encontro com Sua Santidade Bartolomeu I, nós reivindicamos o nosso direito legítimo de acolher os nossos líderes espirituais.” Assim se lê numa carta enviada por um grupo de cristãos de Jerusalém ao Arcebispo Giuseppe Lazzarotto, Núncio apostólico em Israel e Delegado apostólico para Jerusalém e a Palestina, a poucos dias da peregrinação que levará o Sucessor de Pedro à Cidade Santa. A iniciativa foi tomada por alguns católicos da paróquia latina de São Salvador, na Cidade Velha.
“Mas as nossas considerações trazem consigo as expectativas de todos os cristãos de Jerusalém”, refere à Agência Fides Hania Kassissieh, cristã ortodoxa casada com um católico de rito latino, que contribuiu para a elaboração da carta. Os inspiradores da iniciativa se encontram na tarde de quinta-feira, 15 de maio, com o Bispo William Shomali, Vigário patriarcal do Patriarcado latino de Jerusalém.
“Nós estamos conscientes de que a Missa para os fiéis palestinos será celebrada em Belém, mas acreditamos que, como habitantes de Jerusalém e descendentes dos primeiros cristãos, um encontro com os nossos líderes espirituais em Jerusalém nos será impedido. Nós assistimos à tentativa de ocupação israelense de impor um toque de recolher nas ruas, inclusive no bairro cristão, durante a visita. O toque de recolher representa outra tentativa do poder ocupante de negar a nossa existência. É inaceitável que o Papa passe pelas vielas do bairro cristão sem encontrar os fiéis e sem qualquer sinal de vida. Como comunidades eclesiais locais – lê-se ainda na carta – somos nós os hóspedes dos nossos líderes em nossa cidade. Não queremos ser excluídos de um evento religioso histórico, e queremos oferecer a nossa boa vontade e a nossa colaboração pelo bom êxito da visita”. (GV) (Agência Fides 15/5/2015).
