AMÉRICA/PERU - O aborto terapêutico não salva a vida, mas a elimina

Sábado, 26 Abril 2014

Lima (Agência Fides) – A Igreja católica no Peru reiterou recentemente q ue o aborto terapêutico, legal se a vida da gestante está em risco, “não salva, mas mata”. Por este motivo, o governo não o deve aprovar. “Os abortos terapêuticos não salvam a vida”, afirma o comunicado da Conferência Episcopal do Peru (Cep), recebido pela Agência Fides, que convida o Ministério da Saúde, encarregado de elaborar um protocolo que consentiria a interrupção da gravidez, a “preocupar-se com os reais problemas da saúde pública e não modificar a tutela constitucional da pessoa concebida”. No país latino-americano, o aborto terapêutico é legal há 90 anos, mas segundo as autoridades, não existe um protocolo médico e as mulheres que o solicitam não podem ter acesso. Em março, o Ministro da Saúde peruano anunciou que o governo deveria aprovar, até junho, “um guia técnico para regulamentar o aborto terapêutico”. A este respeito, a Conferência Episcopal declarou que “a aprovação do protocolo não favoreceria as condições de saúde dos peruanos, mas serviria para favorecer as organizações promotoras do fenômeno, cujo objetivo é aprovar o protocolo para sucessivamente praticar todos os tipos de aborto, o que já se verifica em outros países”. Além disso, a Cep recorda que dois hospitais de Lima considerados como ótimos centros para gestações e partos complicados, assinalam que desde 2010 não foi efetuada nenhuma interrupção de gravidez prevista neste protocolo. “Com os progressos da medicina, não existem patologias que não podem ser curadas com tratamentos que produzam resultados satisfatórios para a vida do nascituro e da gestante”, destaca a Conferência Episcopal. (AP) (26/4/2014 Agência Fides)


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